A deputada do PCP, Luísa Mesquita, manifestou na segunda-feira, em conferência de imprensa, a sua grande preocupação pelo que considera ser a grave situação das forças de segurança do distrito de Santarém. Em causa está, essencialmente, a falta de efectivos e meios.Após um périplo pelos comandos concelhios e distritais da PSP e GNR, com passagem pelo posto da GNR de Marinhais e pela esquadrada da PSP do Cartaxo, a deputada comunista chegou à conclusão de que a degradação das condições em que trabalham as forças de segurança se vai acentuando sem que haja resposta da administração central.A deputada verberou a política de atribuição de verbas do Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) que, segundo explicou, “anda ao sabor das conjunturas políticas e de reivindicações de populações” de que são exemplos a adiada construção dos postos da GNR de Pernes e Alcanede.Outro exemplo preocupante para o PCP é o terceiro mundismo de muitas instalações, como a esquadra da PSP de Abrantes, problema que se arrasta desde 2001, ou a esquadra da PSP do Cartaxo, Ourém e o posto de GNR de Marinhais.A deputada comunista relatou ainda situações “caricatas” e “anedóticas”, como haver apenas duas viaturas do programa “Escola Segura” para vigiar 100 estabelecimentos de ensino. No que respeita ao número de efectivos, Luísa Mesquita criticou a não reposição dos elementos que se aposentam ou que são promovidos nas carreiras, degradando ainda mais a capacidade de resposta das forças de segurança.A esse facto acresce, de acordo com o PCP, as lacunas de segurança em espaços de diversão nocturna, “que funcionam sem licenças, sem saídas de emergência, sem extintores, etc…”, apontou Luísa Mesquita, reforçando a necessidade da aposta nas forças públicas.Na sequência do panorama encontrado a Direcção da Organização Regional de Santarém do PCP avança com uma série de propostas. A nível dos equipamentos e meios logísticos, aposta na renovação dos parques de viaturas, das redes de transmissões, assim como na substituição de armamentos. Propõem ainda o reforço do patrulhamento em zonas de risco e a criação de esquadras à dimensão dos bairros residenciais, no capítulo da prevenção da delinquência e criminalidade. Assim como deslocando efectivos policiais com menos de 42 anos que, actualmente, estão afectos a funções burocráticas, e substituí-los por pessoal não policial.