A Agência de Inovação vai apoiar, até ao fim do ano, a criação de 30 a 40 núcleos de investigação no interior de empresas portuguesas, anunciou o presidente da instituição.Em declarações à Agência Lusa, Emídio Gomes adiantou que, até 2005, serão criados 100 núcleos de investigação aplicada em empresas de todo o país, nas quais peritos e cientistas vão trabalhar em projectos e no desenvolvimento de produtos e serviços.O presidente da Agência de Inovação falava à margem da sessão solene de comemoração dos 30 anos da Universidade do Minho, que decorreu na terça-feira em Braga e que contou com a presença da ministra da Ciência e do Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho, e do ministro dos Assuntos parlamentares, Luís Marques Mendes.Segundo Emídio Gomes, o programa de criação de núcleos de investigação é apoiado conjuntamente pelos ministérios da Ciência e da Economia.“Temos indicações claras da parte do Ministro da Economia para dar apoio prioritário à criação destes núcleos”, afirmou.Frisou também que “os núcleos poderão albergar muitos dos jovens investigadores que agora saem das universidades ou alguns dos mestres e doutores que não têm conseguido encontrar emprego”.O responsável salientou que a investigação produzida pelas empresas será depois apoiada na sua concretização pelos programas operacionais do Ministério da Economia, como é o caso do PRIME ou do SIME-Inovação.Embora o programa não discrimine qualquer região ou sector económico do país, “vai privilegiar, na zona a norte de Coimbra, sectores como o automóvel, as tecnologias de informação e as telecomunicações, bem como o eixo universitário Porto-Braga em matéria de bio-tecnologia e bio- medicina”, acrescentou.No domínio do têxtil e de outros sectores de actividade, confirmou, a Agência está já a apoiar o CITEVE- Centro de Inovação da Indústria Têxtil do Ave em Famalicão e o Idite-Minho, Instituto de Desenvolvimento Tecnológico do Minho, em Braga.