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CDU fala em má gestão

Irregularidades da Aldesp abordadas na Assembleia Municipal de Almeirim

A situação irregular em que funciona a empresa municipal que gere os espaços desportivos de Almeirim motivaram, por parte da CDU, fortes críticas à gestão socialista.

O funcionamento da Aldesp, empresa municipal que gere os equipamentos desportivos de Almeirim, foi alvo de críticas por parte da bancada da CDU na sessão da assembleia municipal de sexta-feira, 13 de Fevereiro. “A Aldesp tem uma história anterior a Dezembro de 2003 carregada de irregularidades”, sublinhou o deputado comunista José Manuel Sampaio. O presidente da câmara e do conselho de administração da empresa, José Sousa Gomes (PS), respondeu com ironia dizendo que a situação fez aumentar o número de utilizadores das piscinas municipais.A gestão irregular do conselho de administração (que durante um ano e meio funcionou só com dois dos três membros), a falta de protocolo para transferência de equipamentos da câmara para o domínio da empresa, a indefinição do quadro de pessoal da empresa, que recorre a trabalhadores da câmara, e a falta de cumprimento do fiscal único na apresentação de relatórios semestrais (durante dois anos não houve apresentação de contas), foram algumas das irregularidades enumeradas pelo eleito da CDU. José Manuel Sampaio questionou como é “que uma empresa supostamente formada para gerir melhor os equipamentos e espaços desportivos”, criada em 1998, se encontra nesta situação e em risco de dissolução, pelo facto de metade do capital da empresa estar dado como perdido. E perguntou o que é que os membros do conselho de administração da Aldesp pensam fazer para inverter o processo. “O que fariam os responsáveis autárquicos, num caso de má gestão de uma empresa municipal, se os gestores fossem outros? O que é que o concelho beneficiou com a criação desta empresa em vez de ser a própria câmara a gerir os equipamentos desportivos?”, questionou ainda José Manuel Sampaio.Por parte da câmara, a resposta surgiu pela voz do presidente Sousa Gomes em tom de ironia: “Aumentaram as inscrições e temos mais utentes. Se a comunicação social volta a dizer que há irregularidades corremos o risco de não ter vagas para toda a gente”, disse. Quanto à dissolução da empresa, respondeu na mesma linha dizendo que isso só acontecerá se algum “funcionário deixar cair os estatutos da Aldesp dentro do tanque das piscinas”. O caso Aldesp tinha sido noticiado por O MIRANTE em 6 de Novembro do ano passado. Nessa altura a empresa municipal estava a funcionar em situação irregular há um ano e meio. Os órgãos sociais da Aldesp deviam ter sido renovados no início do actual mandato autárquico, em Janeiro de 2002, e a sua composição apresentada ao executivo municipal. Passos que não foram cumpridos. Durante este tempo, também nunca foram apresentados os relatórios semestrais da situação económica e financeira da empresa, violando o estipulado nos estatutos. Um parecer do consultor jurídico da Câmara de Almeirim confirmava que a empresa municipal se encontrava numa situação irregular e que todas as decisões do conselho de administração eram consideradas nulas desde Janeiro de 2002, altura em que tomou posse o actual executivo camarário. O plano de actividades e orçamento para 2004 deviam ter sido remetidos à câmara municipal, para aprovação, até ao dia 30 de Outubro de 2003, o que também não aconteceu.

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