Luís Ferreira é o novo presidente da concelhia de Tomar do Partido Socialista (PS). A lista A, que liderava, derrotou a lista comandada por José Vasconcelos por 36 votos de diferença – 117 contra 81 votos.À segunda, foi de vez. Depois de a 6 deste mês não se ter conseguido realizar o acto eleitoral - pelo “desaparecimento” misterioso da lista A, encabeçada por José Vasconcelos, e ainda por grande parte dos membros desta lista não terem pago as quotas – as eleições para a concelhia de Tomar do PS decorreram de forma ordeira e civilizada.No final do acto, a contagem de votos, supervisionada por uma delegação da Federação Distrital do partido, deu a vitória a Luís Ferreira, que conseguiu angariar 117 votos, contra 81 apoiantes de José Vasconcelos. Três militantes votaram em branco e registou-se ainda um voto nulo. No total, 70 por cento dos militantes tomarenses inscritos no partido depositaram o seu voto na urna.Em declarações ao nosso jornal o novo líder da concelhia do PS referiu que a prioridade é “organizar internamente o partido” e “optimizar as valências de cada militante”.“Temos apenas 20 meses para preparar as eleições autárquicas”, referiu Luís Ferreira, adiantando esperar que dentro de seis a oito meses já haja um desenho do projecto autárquico.Quanto a possíveis candidatos, ainda é muito cedo. “Só depois da casa arrumada é que será anunciado o candidato do PS à autarquia de Tomar”, garante o novo presidente da concelhia, adiantando que as coisas têm de ser feitas com calma se o partido quiser ter um resultado diferente dos 22 por cento obtidos em Dezembro de 2001.Em termos de estratégia política para o concelho, a lista de Luís Ferreira traçou um objectivo que passa, entre outros pontos, pela criação de um observatório permanente para o desenvolvimento económico, social e ambiental do concelho e um gabinete de formação autárquica.Em termos políticos fica também a promessa de que o Partido Socialista de Tomar irá ter uma atitude “muito mais incisiva” em termos de oposição à maioria social-democrata, com uma maior coordenação entre os autarcas do partido.