Misericórdia de Santarém quer praça de touros junto ao CNEMA
A actual praça poderá ser transformada num edifício redondo de sete andares
A Santa Casa da Misericórdia de Santarém (SCMS) quer construir uma nova praça de touros na zona do Centro Nacional de Exposições, propondo substituir a actual, no planalto da cidade, por um projecto imobiliário.O provedor da SCMS, Garcia Correia, disse na terça-feira à Agência Lusa que deu já entrada na Câmara Municipal um pedido de viabilidade para o projecto que a Misericórdia propõe para a zona da actual praça de touros, tendo-se realizado segunda-feira uma reunião com o executivo camarário para apresentação das propostas em causa.O projecto mantém a forma redonda da praça de touros, mas sobe a cércea para 25 metros, altura permitida no Plano Director Municipal (PDM) para a zona, prevendo a existência de dois a três pisos subterrâneos para estacionamento (1.200 lugares), o piso térreo para comércio, mais dois ou três pisos para escritórios e os restantes para habitação, num total de sete andares acima do solo.O projecto é feito em parceria com uma empresa da cidade, que se compromete a construir a nova praça de touros a custo zero para a Misericórdia, que ficará ainda com algum património no imóvel. A actual praça de touros só será destruída depois da nova estar concluída e pronta a funcionar.A nova praça será um edifício moderno, multiusos, fechado, com todas as condições de comodidade, com uma capacidade para 7.000 lugares, num lugar que, desde a mudança da Feira Nacional de Agricultura, se tornou privilegiado para os mais diversos eventos.Admitindo que esta decisão da Misericórdia irá gerar alguma polémica na cidade, Garcia Correia argumenta com a perda de público que a actual praça tem vindo a registar nos últimos anos, o que se traduz no desinteresse das empresas do ramo em ficarem com a concessão da sua utilização.Segundo disse, no concurso público aberto em Novembro último, para a exploração da praça nos próximos três anos, apenas apareceu uma concorrente, mesmo assim propondo condições que a Misericórdia não considerou aceitáveis.Além disso, afirmou, a praça de touros, que deveria ajudar a suportar os custos que a Misericórdia tem nas suas diversas valências de apoio social (que apresentam, em média, um saldo negativo anual da ordem dos 250 mil euros), acaba por representar mais um encargo, dados os custos de manutenção que implica uma estrutura antiga.Inaugurada há 40 anos (em 1964), a actual praça de touros apresenta ainda como inconvenientes o elevado número de lugares (13.200) e a evidente falta de conforto, sendo no seu entender incomportável para a Misericórdia proceder à cobertura de um espaço tão vasto, como prevê o plano aprovado pela câmara para o antigo Campo da Feira.Garcia Correia confirmou que existem já contactos com a administração do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, no sentido de se encontrar um espaço dentro da área do Centro para a futura praça de touros de Santarém, e ainda com o proprietário de um terreno que se encontra próximo
Mais Notícias
A carregar...