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Presidente por cinco meses

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Paulo Português deixa a junta de Samora Correia

Cinco meses depois de tomar posse, o presidente da Junta de Freguesia de Samora Correia, Paulo Português, renunciou por razões de saúde. Carlos Henriques é o novo presidente.

O mandato do presidente da Junta de Freguesia de Samora Correia durou cinco meses. Paulo Português, independente eleito pelo Movimento “Samora Agora”, renunciou ao cargo por motivos de saúde e será substituído por Carlos Luís Lopes Henriques, uma bancário de 42 anos, que foi o número três da lista. E é o primeiro secretário da assembleia.Celeste Simões, a presidente da assembleia de freguesia, foi a segunda na lista, mas a professora universitária confirmou a O MIRANTE não estar disponível para aceitar o cargo por motivos profissionais.Recorde-se que a Junta de Freguesia Samora tem um presidente a tempo inteiro e para as freguesias, com mais de 10 mil eleitores a lei prevê uma remuneração de 1517 euros e um limite de despesas de representação de 455 euros. A confirmação da sucessão do presidente será feita na sexta-feira, 19 de Março, na assembleia de freguesia convocada para o efeito. Na reunião, será ainda analisada a renúncia de Susana Carlos, segunda secretária da mesa da assembleia, por “motivos profissionais”. A assembleia deverá eleger um novo secretário e para colmatar as duas saídas devem tomar posse Garcia Passarinho e Joaquim Madaleno, oitavo e nono da lista, respectivamente.O presidente demissionário, Paulo Português foi parco em explicações numa conferência de imprensa realizada no dia 10 de Março na sede do Movimento “Samora Agora” e limitou-se a ler um comunicado sem permitir perguntas dos jornalistas.“Por motivos que têm, única e exclusivamente, a ver com razões de saúde, sou obrigado a interromper um trabalho a que me dediquei de alma e coração”, disse. O MIRANTE apurou que nas últimas semanas o presidente tinha demonstrado alguma desmotivação e cansaço em contraste com o ritmo de trabalho das primeiras semanas após a tomada de posse. Contudo, os restantes elementos do executivo, dois eleitos da CDU e dois do PS, mostraram-se surpreendidos com a renúncia. Paulo Português venceu as eleições intercalares de 21 de Setembro, liderando uma lista de independentes depois de, na condição de líder da bancada do PS, ter sido um dos motivadores da queda do anterior executivo liderado pelo comunista Rogério Pernes. Recorde-se que após a demissão da presidente da assembleia de freguesia, Luzia Neves (PSD), os eleitos do PS e PSD pediram a demissão e os restantes eleitos das duas listas não aceitaram os cargos. A assembleia ficou sem quorum e foi necessária a realização de eleições intercalares. Paulo Português foi o primeiro presidente não comunista depois do 25 de Abril e criou uma grande expectativa numa parte significativa da população.No comunicado, Paulo Português diz saber que o lugar fica bem entregue e deixa “sinceras desculpas”, por não poder continuar, aos samorenses que acreditaram no projecto.
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