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Francisco Henriques patrono dos jogos florais

Francisco Henriques patrono dos jogos florais

Associação do Património de Almeirim homenageou poeta popular
Dois anos após a sua morte, o poeta popular Francisco Henriques passou a ter o seu nome inscrito nos Jogos Florais de Almeirim. Aquele que durante muitos anos participou nesses jogos da poesia, inspirou agora centenas de outros poetas que enviaram 362 trabalhos para a edição deste ano. Os prémios foram entregues sábado no auditório da Biblioteca Municipal de Almeirim. Para assinalar a escolha de Francisco Henriques como patrono dos jogos florais, a Associação do Património de Almeirim, organizadora da iniciativa, seleccionou versos do poeta local aos quais os concorrentes eram obrigados a referir-se. Na quadra o tema era “D’Almeirim que tanto amei”. Para o soneto foi escolhido o tema “Quem ama a poesia, jamais deixará de ser poeta”.Na poesia obrigada a mote, Francisco Henriques também esteve presente com uma dedicatória de Carlos Rodrigues na qual os poetas se tinham que inspirar: “Foi preciso vir a morte/P’ra dos jogos seres patrono; /Mesmo assim tens muita sorte/por seres rei subiste ao trono”. Durante a entrega dos prémios não faltaram referências ao poeta que tinha um grande amor pela sua terra. Contaram-se histórias, fizeram-se elogios e abordaram-se facetas da vida do poeta que nasceu pobre e pobre morreu em 24 de Maio de 2002. Tinha 84 anos. O público que enchia o auditório comoveu-se quando se fez referência à definição que Francisco Henriques tinha da vida e que explicava em três palavras: “Amizade, solidão e saudade”. O poeta, que granjeou o respeito dos seus concidadãos, deixou também um rasto de admiração entre os seus homólogos. Alguns deles, de países como o Brasil, também concorreram aos jogos. Nenhum dos quarenta trabalhos premiados era de poetas da região. Para o presidente da Associação do Património, Eurico Henriques, “quando o poeta de Almeirim concorria ele ganhava sempre. Tivemos a participação de pessoas da região, mas os trabalhos não foram premiados porque não tinham a qualidade exigida”, sublinhou. Os vencedores dos jogos foram presenteados com serigrafias, inspiradas em versos do poeta, da autoria dos pintores locais: José Catrola, João Vítor Costa e Fernando Veríssimo.A memória de Francisco Henriques está também presente no seu livro “Cântico à Minha Terra”, editado por O MIRANTE em 1999, e que já vai na segunda edição. Com a associação do seu nome aos jogos, não podia haver melhor homenagem ao poeta que, em vida, disse várias vezes que os verdadeiros poetas não morrem. E Francisco Henriques não morreu.
Francisco Henriques patrono dos jogos florais

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