Alguma vez lhe passou pela cabeça agredir um árbitro?Já. O ano passado, o árbitro Vítor Campos, de Coimbra, tratou-me como se trata um cão, e aí tive que me conter de uma forma quase violenta, para não o agredir.É supersticioso?Não sou supersticioso. A única coisa que tento fazer é entrar em campo com o pé direito.Já alguma vez foi assediado para entrar num esquema de combinação de um resultado?Até hoje nunca me foi proposta uma coisa dessas. Penso no entanto que existem situações dessas no futebol. O dinheiro compra muita coisa. Eu muito dificilmente entraria num esquema desses. Prezo muito a minha honestidade.Discute muito com os colegas em campo?Não discuto com os colegas em campo, porque isso é muito mau. Mas nunca deixo de usar a minha experiência para chamar a atenção e aconselhar um companheiro mais jovem.Se um dia lhe fizessem uma proposta para jogar numa equipa mista de futebol, como reagia?Se fosse por brincadeira entrava nessa. Agora numa situação a sério isso não vai acontecer, será sempre os homens para um lado e as mulheres para o outro.Nunca pensou fazer a vontade à sua esposa e deixar o futebol?Quando começámos a namorar ela já sabia que eu jogava futebol, por isso ela nunca me pediu para o deixar, e quase de certeza que se ela me pedisse eu não deixava o futebol.