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Autárquicas já mexem

Autárquicas já mexem

Ministro Luís Arnaut num jantar do PSD em Torres Novas onde se criticou a gestão socialista
A quase dois anos das eleições autárquicas e a poucos meses das europeias as estruturas partidárias começam a cerrar fileiras. Em Torres Novas, a concelhia social-democrata organizou um jantar de militantes, presidido pelo vice-presidente do partido e ministro adjunto do primeiro-ministro, José Luís Arnault, onde os dirigentes locais lançaram a aposta em ganhar a câmara torrejana, enquanto os dirigentes nacionais apelaram ao voto nas europeias.Despesismo, projectos megalómanos e reduzido investimentos em áreas tão fundamentais como a educação, o ambiente ou as infraestruturas básicas foram as principais críticas dos dirigentes locais à gestão socialista na Câmara de Torres Novas, que vigora há três mandatos.O jantar decorreu no sábado, 21, e reuniu cerca de 180 militantes e simpatizantes. A iniciativa insere-se na normal “actividade partidária” e contou com a presença de dirigentes de diversas concelhias da região. “Torres Novas precisa da onda laranja” clamou o presidente da concelhia social-democrata, António Pedroso Leal, apontando como exemplos de má gestão as elevadas verbas gastas no adorno das rotundas ou no viaduto: “Gasta-se tanto no verniz que não teremos remédios para os nossos calos”.Ainda sem grandes calosidades, a JSD criticou a ausência de políticas de juventude e a falta de apoio às colectividades. “As paredes da casa amarela vão ficando verdes e as colectividades continuam ao abandono”, disse Tiago Rato, dirigente local da Juventude Social-Democrata. Mas se para as estruturas locais do PSD as autárquicas e a esperança de poder destronar o PS da câmara é o objectivo, os dirigentes nacionais têm outra batalha bem mais próxima: as eleições para o Parlamento Europeu“A abstenção é o nosso principal inimigo”, frisou José Luís Arnaut, acusando Sousa Franco, cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu e ministro das Finanças no governo de Guterres, de ser o responsável pela situação do país: “É uma escolha desajustada, Sousa Franco não soube fazer as reformas e é responsável pela situação económico-financeira em que vivemos”. Por outro lado, José Luís Arnaut rejeita que dos resultados das europeias se possa tirar ilações sobre a aceitação dos portugueses em relação à governação de Durão Barroso: “Queremos ser avaliados no final do mandato não a meio. Neste momento, o importante é a mobilização geral porque a abstenção é o nosso principal inimigo”, repetiu.
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