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Investimento ficou-se pela metade

Câmara de Tomar aprova contas de 2003 com abstenção socialista
Dos 55 milhões de euros orçamentados em 2002, a Câmara de Tomar apenas realizou 30 milhões de euros, pouco mais que 50 por cento. Para o presidente do município, António Paiva (PSD), a explicação está no facto de muitas das obras orçamentadas não terem tido, em tempo útil, financiamento comunitário para avançar.Um argumento que não convenceu a oposição socialista. O vereador Fernando Santos fala mesmo em erro político – “quando se perspectivou que determinadas obras não se iriam fazer a câmara deveria ter feito uma correcção orçamental, tornando-o mais realista”.No extenso documento, apresentado na reunião de câmara de segunda-feira, pode observar-se que o executivo camarário conseguiu diminuir para metade – de oito para quatro milhões de euros – as dívidas para com fornecedores, com a grande fatia (1,9 milhões de euros) a pertencer aos empreiteiros. Apesar de aplaudirem a decisão, os vereadores da oposição lembram que continuam a existir dívidas irrisórias por pagar e que o argumento da “indisponibilidade financeira” é caricato quando se fala em facturas de uma ou duas dezenas de euros.E que a taxa de execução da despesa em algumas áreas de actividade da autarquia “espelham uma total ausência de respeito pelos munícipes”. Exemplos concretos são muitos, como os nove por cento dos mercados e instalações sanitárias, ou os 16 por cento na área de limpeza e higiene.No que respeita às taxas de execução do plano plurianual, algumas delas nem sequer foram accionadas, como por exemplo a revisão do PDM. No saneamento e esgotos a taxa foi de apenas quatro por cento e no sector do comércio, turismo, mercados e feiras a taxa foi de mísero um por cento.O presidente da autarquia “passou ao lado” destes números, batendo-se por dados mais optimistas, como a preocupação de ter o mais possível em dia as dívidas a terceiros. E salientou também o facto de os investimentos em curso no concelho estarem a ser assegurados com menos recursos humanos. Talvez por isso os custos com pessoal tenham diminuído cerca de 400 mil euros.A subida de cinco milhões de euros na rubrica dívida à banca – de 15 para 20 milhões de euros – foi justificada pelos empréstimos contraídos pela autarquia.O presidente da câmara acredita que os números apresentados no documento são sinónimo do desenvolvimento do concelho. Quanto às críticas socialistas, António Paiva foi sarcástico: “Se em seis anos o PS conseguir atingir o montante de investimentos que temos hoje dou-lhes os meus parabéns”.

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