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Uma figura da festa brava

Frederico Santos foi homenageado na Golegã

Frederico Santos tirou a alternativa nas três artes da festa brava. Foi matador de touros, bandarilheiro e cavaleiro profissional. Aos 80 anos teve a merecida homenagem na vila da Golegã.

A Golegã homenageou sexta-feira um dos seus filhos mais representativos na arte tauromáquica. Frederico Santos, 80 anos, é o único homem no mundo que tem a alternativa nas três artes da festa. Foi matador de touros, bandarilheiro e cavaleiro profissional e é agora um especialista na preparação de cavalos de alta escola e toureio.Frederico Santos é um repositório de memórias. Correu os quatro cantos do mundo como toureiro e tem ainda um sonho que pretende concretizar a todo o custo: “Quero entrar este ano no Picadeiro Central da Feira Nacional do Cavalo, montado num cavalo preparado por mim”, referiu.A homenagem, preparada por um grupo de amigos e apoiada pela Câmara da Golegã, contou com a presença de meia centena de aficionados, entre os quais se destacavam figuras do toureio no activo como Luís Miguel da Veiga e Joaquim Bastinhas.Frederico Santos, que foi o primeiro aluno da escola de toureio de Mestre Patrício Cecílio - de onde saíram alguns dos principais matadores de touros portugueses, de que foi expoente máximo Manuel dos Santos -, destacou-se mais como bandarilheiro, fazendo parte das quadrilhas de algumas das principais figuras do toureio apeado e a cavalo.Os cavaleiros Simão da Veiga, Fernando Salgueiro, Manuel Conde, José Cortes, e os matadores de touros Manolo Navarro, Paço Rais, Diamantino Viseu e Fernando Segarra não hesitaram em contar com a sua arte na arena.Mais tarde, e depois de tomar a alternativa de cavaleiro das mãos de Brito Paes, ao mesmo tempo que ia toureando dedicou-se ao ensino de jovens toureiros a cavalo. Foi professor de grandes figuras da tauromaquia portuguesa como José Mestre Batista, Luís Miguel da Veiga, José Maldonado Cortes e Luís Rouxinol.Depois de uma prolongada passagem por Espanha, onde preparou cavalos de toureio para alguns dos melhores rejoneadores espanhóis, Itália, onde actuou num circo com cavalos de alta escola, e Alemanha, onde divulgou como ninguém o cavalo lusitano, Frederico Santos voltou a Portugal. Entretanto passou por picadeiros do Cartaxo e de Oeiras, mas regressou à Golegã onde continua a ensinar os mais jovens a montar a cavalo.Foi por todas estas facetas e também por ser um homem simples que prefere viver no anonimato, que o grupo de amigos resolveu prestar-lhe esta simples homenagem. Um tributo merecido que teve lugar num restaurante da vila.

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