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Pedalar em ritmo de passeio

Mais de 250 cicloturistas nas comemorações do Foral de Samora

Novos, velhos, gordos, magros, com bicicletas novas ou com pasteleiras com mais de 30 anos, quase todos chegaram ao fim do passeio de cicloturismo integrado nas comemorações dos 484 anos do Foral de Samora Correia. A iniciativa da junta de freguesia juntou mais de 250 participantes, na manhã de Sexta-feira Santa, 9 de Abril.

Cláudio Pernes, de 81 anos, foi o mais velho dos cicloturistas seguido de João Parracho que está a caminho dos 80. Apesar da idade, o “veterano” acompanhou a pedalada dos mais novos e nunca deixou a cabeça do pelotão onde o ritmo foi imposto pela carrinha da organização que nunca ultrapassou os 25 km/hora.Na longa coluna não faltaram alguns bebés de colo que viajaram nas cadeiras colocadas nas bicicletas das mães e dos pais. Houve até quem retirasse a bicicleta guardada no sótão há mais de 10 anos para participar na jornada de convívio “Está toda ferrugenta, a última vez que a usei foi em 1993 quando andei a trabalhar no Porto Alto”, explicou José Monteiro, um dos cicloturistas.Quase todos levaram o passeio na desportiva, mas alguns cicloturistas apareceram equipados a rigor com bicicletas semelhantes às de competição. As equipas de cicloturismo dos Bombeiros Voluntários de Samora Correia e da Associação Recreativa de Porto Alto, que colaboraram na organização, ajudaram o pelotão a crescer. Habituados a provas de dezenas e até centenas de quilómetros, fizeram o percurso com “uma perna às costas”. “Isto assim não entusiasma”, disse José Dias, vogal da junta de freguesia e um dos cicloturistas a valer. Ali bem perto, o presidente da junta, Carlos Luís Henriques, montou uma bicicleta de montanha e impôs uma pedalada certinha na cabeça da corrida. “Ninguém ultrapassa a carrinha”, gritou várias vezes. O passeio, com cerca de 25 quilómetros, começou e acabou na Praça da República, mas teve várias paragens. A mais apetecida foi em Braço de Prata, no complexo da Companhia das Lezírias, onde a organização preparou uma merenda para todos. Uma bifana (em alguns casos duas ou três) e uma bebida, retemperaram energias durante uma pausa que foi aproveitada para colocar a conversa em dia. A privatização da companhia foi tema obrigatório e não faltou o receio daquele espaço paradisíaco ser vedado ao público depois da venda da empresa.Esgotado o período de descanso, o pelotão fez o percurso de regresso a Samora Correia sempre com boa disposição. Nem as várias quedas que aconteceram ao longo da prova estragaram a festa que terminou com foguetes e com a promessa de todos voltarem no próximo ano.

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