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Santarém também quer “evolução”

Reivindicação feita na visita do primeiro-ministro à cidade
O presidente da Câmara de Santarém reivindicou domingo que a palavra “evolução”, associada às comemorações dos 30 anos do 25 de Abril, se aplique ao concelho. Rui Barreiro falava na apresentação do livro “30 anos do 25 de Abril – um retrato estatístico”, no Teatro Sá da Bandeira, com a presença do primeiro-ministro. O autarca recordou ao chefe do Governo que ainda falta fazer muito em termos de educação, saúde e acessibilidades no seu concelho.Na sua intervenção sublinhou que, passados mais de 20 anos da adesão de Portugal à União Europeia, a ligação de Santarém a Alcanede continua na mesma. E lembrou ao primeiro-ministro, Durão Barroso, que existem problemas na saúde, nomeadamente ao nível das infra-estruturas. No rol de reivindicações, o autarca socialista referiu também que no concelho ainda há escolas que não têm pavilhões desportivos. E concluiu dizendo que “no âmbito do desenvolvimento do país temos motivos de orgulho para comemorar os 30 anos do 25 de Abril, mas também temos que trabalhar para o desenvolver ainda mais”. As observações não motivaram nenhuma resposta do primeiro-ministro. Na única alusão ao facto, Durão Barroso disse que “há carências como as expressas pelo presidente da câmara, mas se fizermos com rigor um balanço destes últimos 30 anos, ele é indiscutivelmente positivo”. O discurso de Durão Barroso centrou-se depois nas crispações e exageros de linguagem que têm caracterizado o debate político. E considerou que essas situações contribuem para “minar a credibilidade” do Estado e da democracia. A presença do primeiro-ministro em Santarém marcou o arranque das comemorações da revolução de 1974 por todo o país. O líder do Governo aproveitou para homenagear os militares da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, que partiram para Lisboa para derrubar o regime a que chamou de autoritário. Referindo-se também a Salgueiro Maia, que comandou a coluna militar de Santarém, chamou-lhe “militar íntegro, cidadão impoluto e português de gema”. Um exemplo de patriotismo, no entender de Durão Barroso. Elegendo como prioridades para o país a formação, educação e a investigação, o primeiro-ministro salientou que o pessimismo cultural dos portugueses não tem permitido perceber o salto evolutivo que Portugal deu nos últimos anos. E reforçou que poucas nações conseguiram tanto em tão pouco tempo. “Devemos orgulhar-nos do que construímos até aqui, cientes que muito ainda há para fazer”, comentou. O livro “30 anos do 25 de Abril – um retrato estatístico”, foi elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística. A obra retrata a evolução política, económica e social de Portugal desde a revolução de 1974. Nas suas páginas são apresentados e comentados os principais indicadores de mudança na família, na educação, nas condições de vida, na saúde, segurança social, justiça, entre outros. Para além do livro, foi feito também um CD-Rom interactivo, que será oferecido a todas as escolas secundárias do ensino público e privado.

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