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Um presidente rancoroso

O presidente da Câmara de Alpiarça, depois de alguns anos de mandato em que parecia em estado de graça, começou a ser notícia pelas piores razões. O tribunal há-de julgar se ele favoreceu ou não familiares em negócios da autarquia a que preside. De uma acusação já não se livra: quando o assunto veio à praça pública Rosa do Céu procurou culpar a comunicação social pelo facto de estar a ser alvo da atenção da justiça. Para quem teve na comunicação social um espaço de liberdade para fazer política enquanto foi oposição, Rosa do Céu mais parece aquele personagem que, desesperado com as notícias, tentou a todo o custo matar o mensageiro na convicção de que assim acabavam os seus problemas.O caso recente do castigo aplicado a um funcionário da câmara, que denunciou abusos na autarquia nomeadamente na consulta a sites pornográficos, é de bradar aos céus. Os castigos não se aplicam aos funcionários que denunciam abusos. Pelo contrário: aplicam-se, depois de apurados os factos, aos funcionários que se servem da entidade patronal para fins de interesse pessoal.A conquista da Câmara de Alpiarça pelo PS, no ano de 1997, na pessoa de Joaquim Rosa do Céu, foi vivamente festejada em Alpiarça. A prova está na sua reeleição com maioria absoluta em 2001. Infelizmente o actual presidente da câmara não é muito diferente na sua forma de actuar daqueles últimos que o antecederam.A prova está aí mais uma vez. No dia 1 de Maio a autarquia resolveu homenagear Carlos Pinhão e sua mulher Maria Lucia Feliciano dando-lhes o nome de ruas da vila. A família soube da homenagem que lhes ia ser prestada três dias antes através de uma carta entregue em mão por um fiuncionário da autarquia.Na nossa modesta opinião Carlos Pinhão merecia outra homenagem da autarquia e a sua família devia ter sido ouvida antes da escolha da rua e da data para esta homenagem. Rosa do Céu aparentemente acha que não. Do alto da sua autoridade democrática terá escolhido a rua, a data para o descerramento da placa e o melhor dia para que as pessoas, que podiam estar ali a homenagear o seu antigo camarada, não pudessem comparecer por estarem envolvidos noutras manifestações a que o dia se prestava.Esta atitude para com a memória de um homem que ficará para sempre na história de Alpiarça demonstra um rancor e uma falta de memória que, no mínimo, não é usual em pessoas que têm espírito democrático. JAE

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