Já alguma vez lhe apeteceu dar um murro num colega de equipa?Algumas vezes. No calor do jogo, quando se está sozinho em frente à baliza e o colega não passa a bola, dá vontade de lhe dar um murro.E a um árbitro?Bater-lhe não. Já me deu vontade de ofender um e ofendi. Fui expulso mas chamei-lhe todos os nomes que me lembrei.E já lhe apeteceu bater a si próprio?Já e por diversas vezes. A última foi no jogo com o Cartaxo em que falhei um pénalti que nos dava possibilidades de lutar pela subida. No balneário chorei que nem uma criança.Metade das vezes que os avançados caem é para enganar o árbitro?Antes fazia isso mas quando me fiz a uma falta e parti a clavícula aprendi a lição. Levei cartão amarelo, mas o jogador do Mação e o árbitro não tiveram culpa nenhuma. Foram cinco estrelas e para mim fui uma lição.Já alguma vez foi assediado para entrar num esquema de combinação de um resultado?Pessoalmente nunca fui assediado mas já ouvi falar de esquemas desses.Concorda com a existência de equipas mistas?Nos tempos que correm acho que deve ser encarado como uma coisa normal. Mas para a mentalidade do povo português ainda é muito complicado.No distrital apanha-se mais tareia?Há oito anos notei a diferença, mas agora já não. Há muitos bons jogadores no distrital e os treinadores também já têm outra qualidade.Qual foi o melhor jogo da sua carreira? Já fiz bons e maus jogos, mas lembro-me de um jogo nos juniores do União de Santarém, na época em que fomos campeões distritais. Era o último jogo e fiquei no banco para outros colegas serem campeões. Entrei a 15 minutos do fim e marquei quatro golos.