“Ele não diz a verdade”
O comandante dos Bombeiros Voluntários da Chamusca rebate as acusações de que é alvo. “Ele não diz a verdade. Pertencia a um pequeno grupo que nos últimos tempos vinha a tentar desestabilizar o corpo activo. Não o conseguiram e foi ele que acabou por sentir-se mal e pediu a exoneração do cargo de ajudante de comando. Eu nunca o pressionei, nunca o repreendi ou tive qualquer actuação, que o levasse a sair”.“Quanto à promoção a subchefe” – continua Manuel Rufino – “o que posso dizer é que poucas vezes usou o galão, porque poucas vezes se fardava, e se o usou nas cerimónias do aniversário, foi mais uma prova de que eu nada tinha contra ele. E nada tive com o facto de afinal não ter sido promovido, foi a Inspecção Distrital de Bombeiros que o impediu, por não haver vaga no quadro. As duas que havia foram preenchidos pelos primeiros classificados, ele ficou no último lugar”.O comandante dos Bombeiros da Chamusca vai mais longe e pergunta porque é que António Condeço só agora se sentiu prejudicado, quando fez o curso em 1993 e ficou no último lugar. “Porque é que não reclamou? Ele até foi o primeiro a saber o lugar em que tinha ficado, sabia bem que só havia duas vagas, era o encarregado da secretaria do corpo activo”.Em relação ao processo disciplinar, Manuel Rufino garante que foi elaborado por um dos ajudantes de comando, que depois de ter ouvido todas as partes envolvidas, e de ter recebido a resposta à nota de culpa, decidiu que havia razão para a expulsão. “Eu limitei-me a assinar a acção disciplinar”.Manuel Rufino reconhece que recebeu a carta a recusar a escala de serviço, mas garante que isso não é motivo para que ele não comparecesse. “Ele sabe que a sua recusa em fazer os serviços é ilegal. Podia recorrer da decisão de não ter sido promovido, mas tinha que fazer os serviços. Não o fez e, assim, colocou-se sob a alçada do regulamento disciplinar”.
Mais Notícias
A carregar...