Agricultura biológica é salvação do sector
Diz a bióloga e directora do Instituto Botânico de Coimbra, Helena Freitas
A bióloga e directora do Instituto Botânico de Coimbra, Helena Freitas, defendeu sábado que a sobrevivência da agricultura portuguesa passa por uma “grande aposta” nos produtos biológicos.Dois dias antes, o ministro da Agricultura, Sevinate Pinto, apresentara um Plano Nacional para o Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa, que tem como meta atingir em três anos (2007) sete por cento de área agrícola (mais do dobro da área actual - 3,2 por cento).Na opinião da também Provedora do Ambiente e Qualidade de Vida de Coimbra, a aposta na agricultura biológica em Portugal só será ganha se forem introduzidas “facilidades ao nível da certificação e circuitos de circulação dos produtos”.“O processo de certificação é caro e não é fácil fazer chegar os produtos da agricultura biológica ao mercado”, referiu, em declarações à Agência Lusa.Helena Freitas considera que “tem havido dificuldades (nomeadamente da parte dos produtores e comerciantes de produtos não biológicos) em deixar sobressair estes produtos, porque se trata de um nicho altamente competitivo”.“A agricultura biológica será talvez a única forma de sobrevivência da agricultura portuguesa”, sustentou.Portugal tem “todas as condições para ter agricultura biológica, acrescentou, se houver uma política consistente de incentivos”.“No outro mercado, da agricultura tradicional, não temos capacidade de competir, e se não tivéssemos apoios (comunitários) era a falência total”, referiu.Lusa
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