Um grupo de amigos do concelho de Benavente vai desafiar a resistência dos motores Sach e Zundap e vai tentar atravessar Portugal de lés-a-lés nos dias 11 e 12 de Junho. A proeza já foi conseguida por três “motards” de Santo Estêvão em 2002. Agora o grupo foi reforçado com um duo que inclui um mecânico de motos e um bate-chapa “porque mais vale prevenir que remediar”.A prova, organizada pela Federação Nacional de Motociclismo, é aberta a motos de todas as cilindradas (a esmagadora maioria com mais de 125 cc) vai contar com mais de 400 participantes e irá ligar o Algarve a Trás-os-Montes. O numeroso pelotão irá parar em Santo Estêvão na sexta-feira, ás 14h30 para um aperitivo e mais tarde na Glória do Ribatejo, concelho de Salvaterra de Magos, para o lancheOs ciclomotores com 49 cc e com mais de 13 anos (a mais velha tem 24 anos) vão partir de Lagos ao lado de motos com mais de mil cc e muitos cavalos, com a consciência de que não terão andamento para os acompanhar, mas o objectivo é terminar a prova em Vinhais, depois de mais de 1019 quilómetros. Os percursos escolhidos não são os mais fáceis e mais rápidos, mas são os mais bonitos porque “o objectivo é desfrutar das belezas paisagísticas e da pureza do ar”.Este ano, a prova será feita em duas etapas de 12 horas com várias paragens para aperitivos e para fazer os 23 controlos previstos pela organização. “Queremos chegar ao fim satisfeitos, bem dispostos e com vontade de repetir”, disse Paulo Oliveira, 39 anos, bate-chapa de Santo Estêvão e um dos estreantes. O outro é João Rodrigues, 36 anos, mecânico de motos, natural de Benavente que, tal como os restantes, está ansioso pelo início da prova.Mais confiantes no sucesso da aventura devem estar os três amigos que há dois anos foram as estrelas do 4º Portugal de Lés-a-Lés ao conseguirem cumprir mais de mil quilómetros em três ciclomotores Sach.António José Moura, agente imobiliário, 39 anos; Paulo Jorge Pinto, 39 anos, sapador bombeiro e o carpinteiro Luís Carlos Moura de 32 anos estão esperançados na repetição do êxito embora reconheçam que as alterações introduzidas penalizam as motos com andamentos mais baixos.Os 49 cc dos motores não permitem velocidades superiores a 90 quilómetros/hora enquanto outros participantes vão andar a 120 quilómetros/horas nas estradas onde tal for permitido. O grupo espera fazer uma média de 70 quilómetros hora para não sacrificar os motores.A aventura tem o apoio da Câmara Municipal de Benavente, da Junta de Freguesia de Santo Estêvão e de um grupo de patrocinadores que ajudaram a custear as despesas.