Quem paga a demolição?
Antes de mais, apraz-me felicitá-los pelo vosso excelente jornal, pelo seu rigor e qualidade. O vosso artigo “Plano de urbanização ultrapassado”, publicado na edição de 13 de Maio p.p., no entanto, merece um bom reparo, principalmente pela cultura que reflecte. Argumentam que a demolição do edifício em causa, para repor a legalidade, não seria expectável dado tal não ser uma prática corrente em Portugal. Mais ainda, reforçam essa opinião afirmando que o “prejuízo” seria maior do que o “benefício” dessa acção. Sobre isto, queria lamentar que tal prática não seja mais corrente e discordar da vossa análise custos/benefícios. O vosso artigo reflecte uma cultura muito reinante neste país: a ausência de exigência e de responsabilidade. Para generalidade do país, é mau este espírito do “deixa andar” e complacência. Esta é a via para a mediocridade, um contributo para uma má qualidade de vida, como se pode constatar em muitas cidades. Por isso, devíamos responsabilizar os actores pelas consequências das suas decisões e actos. Talvez assim, nós, os contribuintes, pagássemos um pouco menos impostos e, ainda, para cúmulo, acabássemos por ter um melhor país. Fernando Lourenço (texto enviado por correio electrónico)
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