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Os novos rebentos da velhinha SFUS

Os novos rebentos da velhinha SFUS

União Samorense comemorou 83 anos

A velhinha SFUS completou 83 anos com vitalidade. Em dia de festa foram apresentados dois novos coros e um quinteto de metais e foram homenageados dois músicos com 50 anos de actividade.

É uma velhinha, carinhosa, orgulhosa dos seus filhos e netos e por quem todos têm um respeito e um carinho muito especial. Foi esta a imagem utilizada pelo maestro João de Lemos, responsável pela banda, para caracterizar a Sociedade Filarmónica União Samorense (SFUS). A colectividade comemorou 83 anos de vida e a sessão de encerramento do aniversário decorreu no domingo à tarde no salão nobre da SFUS.O espectáculo serviu para a primeira apresentação pública dos coros adulto e infantil e do quinteto de metais, agrupamentos recuperados há três meses, depois de uma longo interregno. João de Lemos é um dos filhos pródigos da associação, musico e maestro com um currículo notável, nasceu para a música na velha SFUS. O dirigente da banda emocionou-se quando viu descerrar as bandeiras que cobriram a sua foto e as fotos do músico Henrique Cardoso e do maestro Manuel Maria Baltasar que foi o seu primeiro mestre e que já faleceu. Os três “retratos” vão perpetuar a passagem dos “dedicados executantes” pela banda da SFUS e alargar o quadro de honra exposto nas paredes da sala de ensaios da banda. Uma sala onde o espaço é exíguo, não há ar condicionado e o som produzido por mais de 50 instrumentos incomoda os vizinhos dos prédios em redor.Argumentos que ajudam a sustentar a ideia da direcção liderada por Júlio Pereira que já está a pensar numa nova sede para a sociedade. O líder da associação aproveitou a presença do presidente da Câmara Municipal de Benavente e demais autarcas para solicitar apoios. O associativista criticou o novo estatuto do dirigente associativo que entrará em vigor no início do próximo ano. “Ainda não está em execução e já é insuficiente e de difícil concretização”, disse. Júlio Pereira alertou para a pouca sensibilidade das entidades empregadoras para facilitarem a vida aos seus empregados quando estes necessitam de cumprir tarefas associativas. Júlio Pereira defendeu mesmo a profissionalização dos dirigentes associativos “porque a gestão de uma associação com milhares de sócios, centenas de praticantes e com orçamentos, muitas vezes, superiores aos das juntas de freguesia, não se pode fazer com amadorismo e carolice”.O presidente da Câmara Municipal de Benavente enalteceu a dedicação dos dirigentes, técnicos e intérpretes que representam a SFUS e desafiou os munícipes a reforçarem os seus actos de cidadania com uma maior participação no movimento associativo. António Ganhão garantiu que a câmara continuará a apoiar as associações sem interferir na sua gestão. “Não transferimos dinheiro dizendo que é para isto ou para aquilo”, disse.Sérgio Perilhão, presidente do conselho fiscal da SFUS, alertou para a necessidade das colectividades se organizarem e darem maior transparência e suporte legal ao seu funcionamento e gestão. Numa longa intervenção, o dirigente tocou nos pontos fracos do movimento associativo e deixou algumas pistas para uma reflexão que considerou “inadiável”.O presidente da Junta de Freguesia de Samora Correia, Carlos Luís Henriques apelou à união dos samorenses em redor da SFUS e das restantes colectividades e lamentou as divergências que têm levado ao afastamento de alguns sócios e antigos dirigentes da vida da União Samorense.
Os novos rebentos da velhinha SFUS

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