A cavaleira Ana Batista não foi feliz na corrida nocturna de sexta-feira, 4 de Junho, em Salvaterra de Magos que proporcionou um mano-a-mano com António Teles. Os forcados de Vila Franca e do Barrete Verde de Alcochete proporcionaram boas pegas. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor, Ramos Horta foi o convidado de honra. Dos três toiros que couberam em sorte à jovem cavaleira, só o quarto da noite cumpriu e proporcionou momentos de bom nível com dois ferros curtos e um de palmo de excelente recorte. Apesar do infortúnio, o público compreendeu e nas bancadas (três quartos de praça) ouviram-se “olés” e palavras de incentivo. “Força Ana, és a maior”, gritava uma aficionada.A cavaleira de Salvaterra de Magos recebeu vários ramos de flores de pequenos aficionados salvaterrenses e até uma “fraca” foi atirada para a arena, numa prova do carinho que granjeia e de que a festa está viva e tem continuidade assegurada. António Teles teve mais sorte com os exemplares da ganadaria de Santo Estêvão. Mais experiente, o cavaleiro soube dar a volta aos oponentes mais difíceis e triunfou no quinto toiro da noite, que lidou com a mestria que se lhe reconhece. Nas bancadas, um campino e aficionado lembrou o estilo de Mestre David Ribeiro Teles, o pai de António.Os dois cavaleiros mostraram a arte de bregar e nunca se limitaram a cravar os ferros só por cravar, construindo bonitos lances. Ana Batista ainda apanhou um enorme susto quando o último toiro da noite empurrou a montada com violência contra as tábuas. Pelos forcados de Vila Franca pegaram Ricardo Castelo, Ricardo Patusco e Armando Cardoso. O Aposento do Barrete Verde de Alcochete apresentou na cara dos toiros João Salvação, Henrique Boieiro e Adriano Nunes.A melhor pega da noite foi a de Henrique Boieiro que brindou a sorte ao Ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor, Ramos Horta.Uma palavra para o embolador João Aleluia, de Salvaterra de Magos que, na sua casa, apresentou farpas originais e que elevaram o seu apurado sentido artístico.A Banda dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos deliciou os aficionados com um conjunto de pasodobles que contagiaram as bancadas.