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As oportunidades que se abrem a Leste

As oportunidades que se abrem a Leste

Nersant incentiva empresários da região a entrarem em novos mercados
A Associação Empresarial da Região de Santarém - Nersant está empenhada em incentivar as empresas da região a apostarem na internacionalização. Com esse objectivo, realizou no dia 25 de Maio, em Torres Novas, uma sessão de trabalho com alguns empresários do distrito de Santarém sobre os “apoios ao investimento na Roménia”.Perante uma situação económica de recessão e tendo consciência das implicações do alargamento europeu para as PME da região, a Nersant começou, há cerca de dois anos, a olhar para o mercado de Leste, particularmente para a Roménia, como destino preferencial de uma internacionalização necessária.Uma escolha que se prendeu com o facto da Roménia surgir como um dos poucos países que, nessa altura, fugiam ao peso esmagador da penetração comercial da Alemanha, dando mais espaço à entrada de empresas portuguesas. Por outro lado, iniciaram-se alguns contactos institucionais com a Roménia, que poderão facilitar esta acção de internacionalização para este país. Na sessão de abertura do seminário, o presidente da Nersant, José Eduardo Carvalho, chamou a atenção dos presentes para o facto “da Roménia receber de 2004 a 2006 dois mil milhões de euros, distribuídos por três programas que resumidamente visam apoiar as áreas das infra-estruturas de transporte, ambiente e na diversificação da economia rural.”Assumindo que os processos de internacionalização “são sempre complicados”, sobretudo pelo fraco apoio do Estado e da Banca portugueses, José Eduardo Carvalho afirmou que a internacionalização tem que continuar.Neste sentido, a Nersant já está a trabalhar numa estratégia definida. Das principais medidas tomadas, destaca-se a substituição das missões, compostas por pessoas de vários sectores, “por visitas individuais ou de grupos de pessoas do mesmo sector, que vão receber toda essa base de apoio institucional e facilitação de contactos.”Roménia, que destino?Com o intuito de dar a conhecer a realidade económica da Roménia, foram apresentados alguns indicadores macro-económicos, que comprovam que este país do leste europeu se encontra entre os destinos com maior potencialidade para a instalação de empresas portuguesas.Indicadores como a taxa de crescimento do PIB, que desde 2001 apresenta uma evolução bastante positiva, na ordem dos 5%. Também a evolução da taxa de inflação tem sido muito positiva. Se em 2000 esta taxa era de 45.7%, já para 2004 se prevê que esta chegue apenas aos 9%.No que diz respeito à taxa de desemprego, esta tem-se mantido estável, entre a 6 a 8%; valores inferiores à taxa de desemprego da média comunitária. Um indicador de extrema importância para uma empresa que pretenda instalar-se noutro país é o custo de mão de obra. No caso da Roménia, este é muito inferior à média comunitária. Enquanto que um trabalhador da União Europeia ganha em média cerca de 25 euros/ hora, uma hora de trabalho de um assalariado romeno não excede os 1,9 euros. Salários baixos, mesmo quando comparados com a realidade da República Checa e a Hungria, em que os custos de mão de obra horária rondam os 5 euros.Foram também apresentados alguns dados relativos à dimensão das relações bilaterais entre Portugal e a  Roménia. Desde 98 e até 2003 que se têm incrementado as trocas comerciais entre os dois países, quer no que diz respeito às exportações, quer importações. No entanto, no último ano registou-se uma inflexão importante. Se de 98 até 2002 a balança comercial de Portugal era deficitária, em 2003 inverte-se esta tendência de uma forma bastante acentuada, com um crescimento muito significativo das exportações de Portugal para a Roménia.Em termos de produtos, o maior número de exportações corresponde a produtos como máquinas, aparelhos e equipamentos eléctricos, têxteis, metálicos, plásticos, borracha e produtos da indústria química.O potencial de receptividade de investimento de um país estrangeiro mede-se também pela burocracia e legislação existente no país de destino desse mesmo investimento. Assim, esta sessão de trabalho contemplou também alguns esclarecimentos em matéria de enquadramento legal das sociedades comerciais na Roménia, centrando-se na forma de constituição das Sociedades de Responsabilidade Limitada e das Sociedades Comerciais por Acções. De seguida, o Dr. Pedro Nunes da RISA abordou os programas de incentivos que as empresas portuguesas podem usufruir ao investir neste país do Leste europeu, nomeadamente: Programa PHARE (incentivo ao investimento, através de linhas de crédito,  em equipamentos produtivos, veículos, obras, etc... (com a particularidade de incluir aquisições de material novo ou usado); Programa Nacional Multianual de Apoio à Formação Profissional das PME; entre outros apoios como a redução da carga fiscal pela Lei 332/2001 do Parlamento Romeno.
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