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O futuro do jardim das Portas do Sol

Um anúncio nos jornais de Abril levou-me ao D.A.Q.V. da Câmara de Santarém. Pretendia ver o processo de concurso para selecção da melhor proposta de “estudo prévio de requalificação e valorização do jardim das Porats do Sol”.Era minha convicção que, quaisquer obras que ali se fizessem, respeitariam a actual estrutura do jardim e que, para além do melhoramento dos arruamentos e reactivação do lago e do fontenário, se fariam apenas trabalhos no âmbito jardim/barreiras. É que, quanto a mim, o jardim está bem cuidado e serve o fim para que foi criado.De tudo o que lá há saliento dois pontos fundamentais:1 - O chamado “público alvo” prioritário que desde sempre foi a população citadina passa a ser agora o turista.2 – O projecto vencedor, em vez de um prémio monetário, é “contemplado” com a “incumbência no desenvolvimento do projecto através de contrato formal a celebrar com a entidade promotora”.No artº. 30 do concurso diz-se que, dos elementos existentes, deverão ser reservados “os elementos mais importantes com significado na identidade do mesmo”.Referem-se o portão, o gradeamento e a estrutura arbórea”. Quanto ao “lago dos cisnes”, dá-se carta branca ao projectista que o pode eliminar ou substituir por “repuxos”, tanto ou mais encantadores do que os notáveis “esguichos” intermitentes na que foi a nossa “sala de entrada”.Ora o amplo “lago dos cisnes” e a área envolvente, com a sua verdura, água a correr, sombras e silêncio eram, e sempre serão, tão queridos à cidade como a paisagem que complementa o jardim.Não me lembro de ter havido qualquer consulta directa às “bases” que, para além de elegerem as freguesias do planalto, elegem a câmara! E isso era fundamental! Absolutamente necessário!Será que não se entende que a Santarém antiga, a Santarém profunda, é e sempre será muito mais dos que aqui vivem e trabalham do que de eventuais passantes a caminho de outros destinos?Não será imprudente que a actual edilidade em vez de um “prémio monetário” dê ao primeiro classificado a prerrogativa de desenvolver um projecto a concretizar obrigatoriamnente num futuro incerto?É que a actual câmara não é eterna e a próxima edilidade, com uma sensibilidade certamente diferente da actual, não pode nem deve ficar “amarrada” a um projecto que pouco ou nada lhe pode dizer!Mário Vasco de Oliveira - Santarém

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