Era uma vez um ribeiro de águas transparentes onde existiam plantas de várias espécies, pássaros de diversas famílias tais como a galinha de água, o guarda rios e outros. Era um ribeiro onde proliferavam peixes, enguias e batráquios. Era um ribeiro de águas límpidas onde até a rapaziada aprendia a nadar nos seus açudes e represas. Era um ribeiro onde ao longo do seu percurso existiam várias azenhas em funcionamento, e até o local quase exclusivo da lavagem da roupa da semana, simultaneamente servia para as mulheres porem a conversa em dia.Hoje, não é mais esse ribeiro pois uns tantos ávidos de um lucro fácil transformaram-no num autêntico caneiro mal cheiroso onde abundam os insectos que colocam em perigo a saúde dos moradores.Por demais denúncias, reclamações, protestos que se façam e sabendo qual a sua origem, nada impede que esses prevaricadores sejam obrigados a cumprir a lei. Os anos passam, a população sofre, reclama e a impunidade mantém-se.Mas neste país tem que haver uma entidade responsável que ponha cobro a estes atentados à natureza que proliferam por quase todo o país. Basta de burocracias, de aligeirarem responsabilidades, de jogos do empurra. Queremos que esse ribeiro volte a ser um curso de águas límpidas, que a flora e a fauna existentes sejam repostas, numa palavra que o ribeiro volte a ter vida!A lei do poluidor pagador não basta, é necessário que haja uma rigorosa proibição de poluir. Com a mudança da equipa do Ministério do Ambiente esperamos que os protestos tantas vezes feitos pela Câmara Municipal do Cartaxo e pela Junta de Freguesia de Pontével não caiam em saco roto.Somos uma população pacata mas que perante tal afronta não hesitará em tomar medidas drásticas para acabar com tanta impunidade...José Alberto Vieira - Pontével