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Uma mulher que não vira a cara à luta

Cleide Santos está na política desde 1975 mas este é o primeiro mandato à frente da junta
Cleide Maria Cachado Núncio Santos, a presidente da Junta de Freguesia da Barquinha, é uma mulher que não gosta de protagonismos. Diz que a junta é composta por uma equipa e que sozinha não faz nada.Se não gosta de falar da sua vida enquanto autarca, muito menos enquanto cidadã. “Os eleitores que me elegeram conhecem-me bem, por isso acho que falar da minha vida privada não vai alterar nada”. Desde 1975 que está na política, sempre pelo Partido Socialista, mas este é o seu primeiro mandato à frente dos destinos da junta de freguesia. Diz ser uma mulher “frustada” porque quando aceitou o cargo pensou que iria fazer grandes alterações, trazer novas coisa para a freguesia. Mas, como ela própria diz, não se consegue mudar mentalidades.Nasceu no concelho vizinho da Golegã, onde exerceu funções na câmara, tendo depois passado para a alçada do Ministério da Justiça. Há 43 anos foi viver para Vila Nova da Barquinha por inerência da sua profissão –ajudante do cartório notarial.Como autarca, afirma gostar de uma política séria – “se algo está mal digo que está mal, mesmo que seja a pessoas e políticos do meu partido”. Porque uma crítica construtiva ajuda muitas vezes a pensar e a ter outras perspectiva das coisas. “Todos nós erramos e na minha vida profissional só aprendi com os erros que fiz”, refere Cleide Santos.Nunca desiste de lutar nem vira a cara às contrariedades. Costuma ter o coração ao pé da boca e diz mesmo que esse é um dos seus principais defeitos. “Às vezes perco a razão por dizer as coisas da maneira como digo”.Não fica aborrecida por se criticar algumas opções que toma, se essas críticas forem feitas no local certo que é a assembleia de freguesia. “Os cafés não são sítios próprios para se falar de política”.Apesar de não estar na junta a tempo inteiro, Cleide Santos vai todos os dias à sede. De manhã um bocadinho, porque tem de cuidar do almoço dos seis netos, à tarde com mais alguma disponibilidade.O bichinho da política continua a saltitar no seu coração mas, aos 65 anos, a presidente da junta diz que não deverá recandidatar-se. “A pensar como penso hoje, não me candidato”. Mas deixa a porta entreaberta. “Na altura logo se vê”.

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