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“Força Portugal” venceu à mesa

Oitocentos apoiantes num jantar em Vila Franca de Xira
Foi a maior concentração da campanha para as europeias no concelho de Vila Franca de Xira. PSD e PP juntaram no domingo à noite, no pavilhão do Cevadeiro, cerca de 800 apoiantes, enquanto o PS não foi além dos 500 num jantar que decorreu em Alverca, no dia 14 de Maio.Se as eleições se ganhassem à mesa, o cabeça de lista da coligação “Força Portugal” tinha razões para respirar de alívio. A participação no jantar excedeu as expectativas da organização que, uma semana antes, tinha apontado para as cinco centenas de convidados.O presidente da comissão política concelhia do PSD de Vila Franca de Xira, Rui Rei abriu as hostilidades e começou por recordar que o terreno não é o melhor para a coligação. O município de Vila Franca de Xira foi governado durante mais de 20 anos pelo PCP e nos últimos seis anos tem sido gerido pelos socialistas. Rui Rei, que é também vereador na Câmara de Vila Franca de Xira, denunciou “um défice de democracia” no concelho. “As associações e os munícipes que vêm falar connosco, são chamados à atenção no dia seguinte”, disse. O líder social-democrata agradeceu com entusiasmo a coragem do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Vialonga que aceitou o convite para animar a festa da “Força Portugal”.Aproveitando os pendões vermelhos e brancos (as cores do concelho) colocados no Cevadeiro, a organização juntou as cores de Portugal e engalanou o salão para receber os convivas. João de Deus Pinheiro foi recebido com uma calorosa ovação, com toda a gente de pé e algumas vozes gritando “Força Portugal”. À sobremesa, o cabeça de lista da coligação pediu aos portugueses uma “vitória robusta” nas eleições europeias, considerando que ninguém tem o direito de ficar em casa no dia 13 de Junho.“Todos somos chamados a votar. Sentimos que estamos a subir, mas precisamos de subir ainda mais. Precisamos de uma vitória robusta”, disse.O rosto da candidatura da coligação PSD/CDS-PP repetiu o apelo para que todos votem, dizendo que é “crucial” que no dia 13 os portugueses “peguem no telefone e digam aos amigos e familiares” a importância de participar nas eleições para o Parlamento Europeu.Antes, Deus Pinheiro repetiu a sua habitual referência ao ex- primeiro-ministro Cavaco Silva, dizendo que este acreditava nos portugueses, que defendia que nada se fazia sem trabalho e que acreditava que Portugal poderia juntar-se “aos melhores”.“Cavaco Silva demonstrou-nos que é possível sermos tão bons ou melhores que os outros, termos os mesmo níveis de crescimento e fazer em nove anos o que outros demoraram 30 ou 40 anos a fazer”, acrescentou.Fazendo o contraste com o ex-primeiro-ministro socialista António Guterres, Deus Pinheiro voltou a acusar o governo do PS de “gastar à tripa forra” e “perder uma oportunidade de ouro” para o país.“Tivemos um atraso de seis anos no nosso desenvolvimento e, por isso, temos de responsabilizar inequivocamente o PS”, acusou o cabeça de lista da coligação, recordando que o ex-primeiro-ministro António Guterres, perante as dificuldades, “abandonou o leme”.O candidato europeu do CDS/PP, Luís Queiró, manifestou a convicção na vitória da “Força Portugal”.“No próximo dia 13 a vitória vai ser nossa. Não vamos deixar que a esquerda volte ao poder e que o país ande para trás”, apelou.Luís Queiró voltou a acusar os socialistas de utilizarem na campanha uma linguagem “agressiva, truculenta e radical”, numa “atitude de seguidismo” em relação ao PCP e Bloco de Esquerda.“Quanto mais eles insultam a nossa coligação, maior é a nossa unidade. O PS que se desengane, se acha que o insulto nos mete medo ou que cria algum mal-estar. Se não o conseguiram até agora, também já não o conseguirão”, disse.Deus Pinheiro contou com o apoio do ministro da Cultura, Pedro Roseta e do secretário de Estado que tutela a Comunicação Social, Feliciano Barreiras Duarte.A festa foi aproveitada pelos dirigentes locais do PSD para uma campanha de recolha de fundos para a nova sede a construir na Póvoa de Santa Iria. O sorteio de um televisor e de um DVD permitiu juntar alguns trocos. À entrada, um papel indicava que os apoiantes do PSD pagavam 10 euros e os da JSD pagavam 5 euros, mas, um militante do PP garantiu que os apoiantes do PP e da JP também pagaram. “Eles (PSD) por vezes esquecem-se de nós”, concluiu.

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