O presidente da Câmara de Tomar e da Comunidade Urbana do Médio Tejo (CUMT), António Paiva, foi sondado sobre a sua disponibilidade para integrar o Governo numa próxima remodelação. Sem confirmar qualquer convite directo, o autarca afirma que um cargo governamental não corresponde neste momento às suas expectativas.Paiva diz estar mais preocupado com a reorganização do Programa Polis da cidade, na preparação do plano de actividades da câmara para 2005 e na assunção dos desafios do futuro, que venham a garantir que a região figurará no mapa nacional.“Qualquer função que um de nós que está hoje nestes lugares (presidentes das câmaras que integram a CUMT) possa vir a assumir no futuro, só pode algum dia ser posto em questão depois de termos completamente resolvidos os principais projectos para os quais nos propusemos”, afirma António Paiva.A afirmação soa como aviso à navegação, ainda para mais quando o autarca acrescenta – “é bom que qualquer um de nós não ponha nenhuma hipótese de avançar para novas funções antes de concluirmos o projecto a que nos propusemos”.O autarca quis realçar o empenhamento de todos os presidentes de câmara que integram a CUMT em trazer para a ordem do dia um desenvolvimento que considera inevitável da região do Médio Tejo face à Área Metropolitana de Lisboa. É por isso que, para António Paiva, não faz nenhum sentido qualquer pergunta sobre se vai ocupar um cargo no Governo. “A comunidade urbana é o projecto em que eu acredito”, refere, adiantando no entanto que neste momento a única coisa que gostaria de ter era também o empenhamento da Administração Central para discutir as competências que passarão para a CUMT.Margarida Cabeleira