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Coruche na tela

Coruche na tela

Pintores amadores participaram no concurso Pintar N(a) Vila

Apenas duas pessoas corresponderam ao convite da Câmara de Coruche e decidiram participar no concurso “Pintar N(a) Vila”. A rua da Misericórdia e a torre da igreja de Nossa Senhora do Castelo foram as musas inspiradoras das artistas.

Maria Tavares, 48 anos, e Margarida Marques, 19 anos, foram as únicas participantes do concurso “Pintar N(a) Vila”, organizado no sábado pela Câmara de Coruche. Munidas dos acessórios necessários, começaram as suas obras de manhã e acabaram a meio da tarde. A rua da Misericórdia e a torre da igreja de Nossa Senhora do Castelo foram as musas inspiradoras.Natural de Azambuja, Maria Tavares é formadora numa cooperativa de educação e rea-bilitação de cidadãos inadaptados, mas a sua vocação e gosto pela pintura vêm da participação no Gart, grupo de arte de Vila Franca de Xira.Em 2003 já teve oportunidade de expor na bienal de Coruche, a que acedeu por convite.Considera-se uma autodidacta, condição que foi apurando com a formação com artistas da galeria.Com a tela e cavalete montados, já ia a meio caminho do trabalho quando O MIRANTE a abordou. Colocou-se no passeio da rua Direita, mesmo em frente à praça da Liberdade, junto aos Paços do Concelho.Mas o edifício da câmara municipal não foi a sua musa inspiradora. Maria Tavares preferiu pintar a entrada da rua da Misericórdia, onde também se vislumbra a torre da igreja com o mesmo nome. “Nada de muito perfeccionista que é um trabalho impressionista a óleo. Um trabalho que considero mais dinâmico”, explicou.Começou às dez da manhã. Perto do meio-dia já se vislumbravam na tela de cerca de 30 por 40 centímetros, os prédios que ficavam 50 metros adiante. Seguindo uma técnica de pintura, começou da esquerda para a direita e de cima para baixo. Ao lado, em cima de um pequeno muro, pousou os materiais necessários. O “arco-íris” da paleta de cores e a espátula que também serve para pintar e fazer correcções.O trabalho já parecia adiantado mas Maria Tavares ainda previa uma maratona de mais três horas.Margarida Marques optou por subir até ao miradouro de Coruche, junto à igreja de Nossa Senhora do Castelo, após ter recebido um convite em casa para participar no concurso. Para esta estudante do primeiro ano de artes visuais, em Évora, o gosto e a experiência foram o bastante para a atrair.Não foi a primeira vez em que participou num evento público de pintura. Já expôs quadros no café Forja e durante a Semana da Juventude de Coruche. A sua opção recaiu sobre a torre da igreja do Castelo. Margarida sentou-se num dos bancos do muro junto ao miradouro e “apanhou” a torre em diagonal, numa perspectiva diferente.Mas com a panorâmica que tinha, havia muito por onde escolher para pintar. Desde o rio Sorraia, a vista cimeira sobre Coruche, a ponte do Sorraia Velho ou a extensa planície.Na tela, era o estilo realista a imperar. “Primeiro desenhei com o lápis. Depois comecei pelas cores mais claras e vou escurecendo aos poucos”, explicou. Margarida apenas utilizou tinta acrílica branca e preta, explorando os tons cinzentos. Além disso, socorreu-se de um copo de água, dois pequenos pincéis e a tela.Começou a trabalhar perto das 10h30, após ter levado o material até ao cimo da vila, e não previa parar até cerca das 16h00. “Senão perde-se o ritmo e o material também seca rapidamente”. E nem o casamento que estava a decorrer a distraiu um bocadinho. Os trabalhos produzidos vão ser expostos em estabelecimentos comerciais da vila.
Coruche na tela

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