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Parque eólico de Rio Maior pode avançar

Depois de sete anos de espera

O parque eólico da Serra dos Candeeiros vai avançar após sete anos de espera, o que o presidente da Câmara Municipal de Rio Maior considera “um exemplo do que não deve acontecer” num país deficitário em produção de energia.

Silvino Sequeira disse segunda-feira à Agência Lusa que, “se não houver outros imprevistos de última hora”, o projecto está agora em condições de avançar, devendo a licença de construção ser emitida pela autarquia dentro de uma semana, para se iniciarem os trabalhos que deverão demorar cerca de um ano.Os 26 aerogeradores, que vão entrando em funcionamento à medida que forem sendo instalados, vão produzir energia para os concelhos de Rio Maior e Alcobaça, tendo uma capacidade superior a 70 megawatts, disse à Lusa o engenheiro da empresa promotora do projecto, a Parque Eólico da Serra da Meada (PESM).Sá da Costa disse que este parque será equipado com “o último grito dos aerogeradores”, com máquinas de três megawatts, das quais neste momento só existe uma em Portugal em regime experimental.No seu entender, esta tecnologia dinamarquesa, que além de uma capacidade de produção de energia maior tem a vantagem de pesar menos sobre o solo (das 200 toneladas das máquinas de dois megawatts passa para 160 toneladas), representa “um grande avanço”.O Parque Eólico da Serra dos Candeeiros vai ser instalado em dois corredores - um de três quilómetros na zona Sul e outro de dois na zona Norte, com um corredor de três a quatro quilómetros entre os dois - definidos depois de muitos avanços e recuos.Silvino Sequeira disse que o processo tem passado por “situações que no mínimo são caricatas”, dando como exemplos entraves ambientais levantados por causa da gralha de bico vermelho, de orquídeas e de uma pequena colónia de morcegos, no seu entender não fundamentados.“E durante sete anos o país esteve inibido de ter esta riqueza que diminuía a factura do consumo externo” e pode contribuir para o objectivo de produção de 39 por cento de energia limpa até 2010, disse, acusando organismos da administração central, nomeadamente do Ambiente, de se limitarem a dizer não sem fundamentarem e sem darem alternativas.O autarca socialista lamentou ainda que as alterações “sistemáticas e constantes” do projecto tenham levado à perda de apoios comunitários que podiam ter sido aproveitados se ele tivesse arrancado antes da região sair do grupo das mais desfavorecidas da UE.O Parque Eólico da Serra dos Candeeiros representa um investimento de “70 a 80 milhões de euros”, dando a empresa promotora ainda algumas contrapartidas às duas freguesias onde vai ser implantado, Rio Maior e Alcobertas, além de ser mecenas para as áreas da cultura e do desporto no concelho, disse Silvino Sequeira.Além deste projecto, para a área do Parque Natural das Serras d’Aire e Candeeiros estão previstos outros quatro, um, da mesma empresa, em construção no concelho de Porto de Mós, e outro, de outros promotores, em Alcobaça, estando os outros dois em fase de estudo.Lusa

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