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NELSON RAMOS, 24 anos, Rio Maior

CROMOS DA BOLA

Nelson Ramos tem 24 anos e joga no Rio Maior, para onde se transferiu a época passada, vindo do Fazendense. Sportinguista de gema, já não sonha dar o salto para um grande mas adorava alinhar num jogo pela selecção nacional.

Ainda se joga com amor à camisola?Os jogadores têm de pensar em jogar cada vez mais por amor à camisola porque os clubes têm cada vez menos dinheiro. Às vezes é preferível ganhar pouco e certo do que estar à espera de grandes ordenados.Os jogadores são uns ?santinhos? na véspera dos jogos ou há sempre uma escapadela?Mesmo aqui na terceira divisão, em que os jogadores não são profissionais, tem de haver respeito pelo clube que paga e tem de haver um certo profissionalismo. Não digo que não haja um ou outro que dê uma escapadela mas a grande maioria dos colegas que conheço não facilitam porque uma noitada pode estragar todo o trabalho de uma semana.Alguma vez lhe apeteceu dar um murro a um árbitro?Sinceramente não. Às vezes exalto-me um pouco mas depois passa. Mas há alguns árbitros que mereciam porque nós não podemos falar com eles e alguns passam o jogo a provocar-nos.Um bom jogador tem que saber jogar em qualquer posição?Um bom jogador é o que joga bem na posição que o técnico define, um jogador completo é o que faz bem três ou quatro posições.Ainda sonha com um grande salto na sua carreira futebolística?Tenho 24 anos e já não tenho muita esperança disso.Onde é que gostaria de jogar um dia?Como sportinguista, é claro que gostava de jogar no Sporting.Qual o jogo que mais se recorda?Lembro-me de um Fazendense - S. Vicente (Madeira) em que me correu tudo bem. Estou convencido que mesmo que rematasse para a bancada a bola ia parar à baliza. Marquei dois golos e o treinador tirou-me perto do final só para ouvir os aplausos.O que fazia se a sua esposa lhe pedisse para deixar o futebol?A troco de quê? Só com um grande motivo?Quando vê a selecção nacional jogar não tem pena de não estar em campo?Claro que sim. É o sonho de qualquer jogador. Arrepio-me sempre que ouço o Hino Nacional e teria uma grande alegria se um dia vestisse a camisola. Nem era preciso pagarem-me.

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