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Falta de dinheiro emperra obras

Falta de dinheiro emperra obras

Junta de Freguesia do Arneiro das Milhariças queixa-se da Câmara de Santarém

A Câmara de Santarém tem várias verbas por liquidar com a Junta de Freguesia do Arneiro das Milhariças. Enquanto esse dinheiro não chegar, algumas obras na freguesia não podem avançar.

A Junta de Freguesia de Arneiro das Milhariças continua a aguardar o pagamento, por parte da Câmara de Santarém, dos 17 mil euros investidos na construção dos muros que rodeiam o terreno que vai permitir ampliar o cemitério da aldeia. Uma verba que já havia sido prometida no anterior mandato pelo então presidente José Miguel Noras.Sem liquidar essa factura ao empreiteiro que levantou os muros, a junta de freguesia diz que não tem autoridade para lhe pedir que prossiga com as restantes obras de alargamento do cemitério.“Se o empreiteiro ainda não recebeu o dinheiro do que já está feito, como é que lhe vou pedir para fazer o resto?”, questiona Basílio Oleiro (PSD), presidente da Junta de Freguesia de Arneiro das Milhariças, que recentemente almoçou com o presidente da Câmara de Santarém, Rui Barreiro (PS), para o sensibilizar para o assunto.Em causa está também o arranjo exterior do recinto, para cujas obras a junta já dispõe de um apoio de 22.500 euros por parte da associação APRODER. “Só depois das obras no cemitério é que podemos avançar com a requalificação no exterior”, explica o autarca.As dificuldades financeiras constituem o argumento avançado pela Câmara de Santarém para ainda não ter disponibilizado os 17 mil euros. E a junta também não tem dinheiro para avançar, até porque os duodécimos que o município transfere para as juntas não chegam a tempo e horas. Actualmente estão quatro prestações mensais em atraso.A demora da câmara em dar resposta aos seus compromissos está também a fazer-se sentir numa empreitada de caminhos rurais candidatada ao programa Agris, do Ministério da Agricultura através do IFADAP.Um dos caminhos está concluído e o IFADAP já adiantou uma verba para pagar ao empreiteiro. A Câmara de Santarém assumiu que comparticipava as obras em 25 por cento, mas até à data não acompanhou a despesa já feita por esse organismo na percentagem que lhe cabe – para já a autarquia tem a pagar cerca de 5 mil euros. E sem esse procedimento o empreiteiro não recebe mais nenhum dinheiro do IFADAP.Aliás, como refere Basílio Oleiro, “há outras estradas já concluídas, algumas do tempo do presidente Noras, que ainda estão por pagar”. O autarca diz que a câmara tem um “saldo devedor” para com a junta de 130 mil euros, sem contar com os duodécimos em atraso. E revela a sua desilusão com a câmara dizendo que “durante este mandato no Arneiro não se fez praticamente nada”.Como exemplo, refere que as prometidas obras de saneamento básico, que já vêm do anterior mandato, continuam na mesma. E mesmo relativamente ao projecto existente, Basílio Oleiro diz que não aceita que os lugares de O Almeirim e Azenha fiquem de fora.O MIRANTE contactou, via fax, o presidente da Câmara de Santarém, para tentar obter um comentário sobre o assunto, mas Rui Barreiro encontra-se de férias. Fonte do seu gabinete adiantou que a resposta só podia estar disponível a partir desta quarta-feira, já depois do fecho desta edição.
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