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A professora autarca

A professora autarca

Manuela Arsénio, presidente da Junta de Freguesia de Santa Margarida
Vive um dia de cada vez. Não é mulher de fazer grandes planos de futuro. É assim na sua vida privada e profissional. Costuma dizer que as coisas vão acontecendo e vai aproveitando as oportunidades. Tal como aconteceu em 2001 quando foi eleita presidente da Junta de Freguesia de Santa Margarida, Constância. Manuela Arsénio nunca tinha tido experiência autárquica. Mas tem uma grande vontade de melhorar as condições da sua freguesia. Com 33 anos, ar simpático, enérgica, Manuela Arsénio descreve-se como uma mulher calada. Quando não conhece uma pessoa não é desinibida ao ponto de meter conversa. Prefere observar e esperar que alguém lhe dirija a palavra. Mas também confessa que desde que está na junta de freguesia tem vindo a perder essa timidez. Eleita pela CDU, a presidente divide o seu tempo entre a sua actividade de professora, um curso de mestrado que está a fazer e a gestão da freguesia. O que a leva a dizer que praticamente não tem tempo livre. E quando arranja algum aproveita para passear, visitar museus e incutir nos dois filhos, com seis e dois anos, o gosto pela cultura. Confessa que cada vez gosta menos das tarefas de casa, como fazer comida, limpar o pó e outras… “Não tenho paciência!”, confirma. Ao contrário, gosta de investigar na sua área, a de conservação e restauro. Curso que tirou no Instituto Politécnico de Tomar, onde dá actualmente aulas. Quando acabou o curso andou de casa às costas de terra em terra a fazer o restauro de peças em madeira de igrejas. Mas apesar de gostar da actividade, na altura este trabalho não lhe dava grande estabilidade familiar nem económica. Natural de uma freguesia conhecida pela presença de um campo militar, Manuela Arsénio seguiu a tendência de muitas raparigas da zona e casou com um tropa. Por sinal também natural da localidade. Considera-se uma pessoa optimista que não se vai abaixo com os problemas. “Se estivermos constantemente desanimados só porque choveu, a vida não tem graça nenhuma”, sublinha. Esta é a primeira experiência como autarca. Quando foi eleita não sabia nada acerca do funcionamento da junta, mas, diz, aprendeu depressa e teve bons professores, como o tesoureiro e a funcionária da autarquia. Para a sua terra deseja o melhor e, garante, vai fazer tudo para que as condições de vida sejam melhores.
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