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Uma família que une o futebol à acção social

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Quatro centenas de pessoas no jantar do quinto aniversário da Escola de Futebol de Tomar

Aos cinco anos de idade, a Escola de Futebol de Tomar assume-se como uma das mais importantes associações do concelho. Actualmente tem cerca de 120 jovens inscritos e é parceira do Plano para Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil, um trabalho social reconhecido pela comunidade que compareceu em força ao seu aniversário.

Cinco anos depois da sua constituição, a Escola de Futebol de Tomar entrou em velocidade de cruzeiro e desenvolve na cidade tomarense um trabalho de grande alcance, quer na área da formação de jovens futebolistas, quer na área social, assumindo-se como um parceiro respeitado e respeitável, que é reconhecido pela generalidade da sociedade nabantina.Na sexta-feira, dia 17 de Setembro, data em que comemorou o seu quinto aniversário, juntou num jantar de confraternização cerca de quatro centenas de pessoas. Foi por demais evidente o carinho e o valor que as forças vivas e a generalidade da população atribuiem à Associação.O director executivo da escola, João Damásio, que foi apresentado como a alma da colectividade, referiu a forma como ali se trabalha em prol da juventude do concelho de Tomar, destacando o trabalho efectuado na área social, principalmente na prevenção da toxicodependência e no combate à exploração do trabalho infantil.Neste campo, a Escola de Futebol de Tomar, enquanto promotora de um programa integrado de educação e formação, é parceira do Plano para Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (PEETI), e está a dar os primeiros passos no sentido da implementação do Plano Municipal de Prevenções Primárias, que resulta de um protocolo assinado entre a Câmara Municipal de Tomar e o Instituto da Droga e da Toxicodependência.Mas é no futebol de formação que o trabalho desenvolvido é mais visível. Com 120 jovens federados e 90 nas escolinhas, o trabalho é árduo, e a Escola de Futebol de Tomar continua a crescer, mas a ser também cada vez mais uma família que, para além dos jogadores, directores equipas técnicas e médicas, engloba também os pais e familiares dos jovens, “que têm sido de extrema importância para o êxito do projecto”, garantiu João Damásio.Toda esta envolvência e volume de trabalho trás dificuldades, que segundo João Damásio, são ultrapassadas com a ajuda de todos. Os jovens pagam uma verba mensal para ajudar na sua formação, valor que não chega para todas as despesas, mas fruto do reconhecimento do trabalho desenvolvido, os patrocinadores não têm regateado o seu apoio ao projecto. “E assim tem sido possível, desenvolver, crescer e formar jovens que serão homens mais fortes no amanhã da vida”, acrescentou o director.As dificuldades que surgem no caminho são ultrapassadas sempre num plano de estudo e organização. Como exemplo está a questão do elevado preço das inscrições dos jogadores na Associação, situação que João Damásio reconheceu tornarem a vida difícil aos clubes, mas que na escola é ultrapassada pela verba paga pelos jovens.Também a questão dos exames médicos obrigatórios para se poderem fazer as inscrições, foi ultrapassada de maneira exemplar, com mais trabalho é certo, mas também com melhor efeciência é verdade. “Quando fomos informados pela Associação de Futebol de Santarém de que os exames podiam ser efectuados nos centros de saúde, de imediato ali nos dirigimos. Não nos disseram que não, mas foram evidentes as dificuldades que iríamos ter e logo decidimos procurar outra solução”, referiu João Damásio.A solução foi entrar em contacto com o Centro de Medicina Desportiva de Lisboa, que aproveitou o menor afluxo de jogadores profissionais durante o mês de Agosto e procedeu aos exames médicos da maior parte dos jovens da Escola de Futebol de Tomar. “Foi uma situação excepcional. Os exames são muito mais rigorosos e ficámos com quase todos os jovens aptos a serem inscritos. É claro que o volume de trabalho aumentou, todos os dias tivemos que transportar e acompanhar os jovens a Lisboa, mas valeu a pena”, garantiu o director executivo.A Escola promove ainda durante o ano um torneio de captação de crianças, que envolve as escolas do primeiro ciclo do concelho de Tomar, o Torneio Internacional Palmo e Meio, e ainda um invejável conjunto de acções de formação e estágios em todas as interrupções do ano lectivo. Por isso podia ter alguns problemas de instalações. No entanto João Damásio garantiu que tudo isso está ultrapassado, “Temos uma colaboração excepcional e solidária do Instituto Politécnico, que nos cede o seu campo de futebol, e temos o campo sintético da Nabância para os mais jovens, o problema das obras do Estádio não nos vai afectar”.O presidente da Câmara Municipal de Tomar, António Paiva, esteve presente no início do Jantar, e deixou em poucas palavras todo o apreço em que a autarquia tem o trabalho efectuado pelos dirigentes da associação. Destacando também as conversações existentes entra a autarquia, a Escola de Futebol e o União de Tomar, para num futuro próximo criar estratégias “que coloquem a cidade na liderança do futebol jovem no distrito”.No final do jantar e antes de se cantarem os parabéns pelo aniversário, foram distinguidos com diplomas e troféus, os jovens que mais se destacaram nas várias acções da Escola. Leandro Galrinho e Sonny Alcobia foram premiados na categoria de escolinhas; Duarte Gaspar e Fernando Pastor, em escolas B; Bruno Silva e Hugo Martins, em escolas A; Francisco Patrício e Ricardo Reis, em infantis B; Luís Rito e Pedro Figueiredo, em infantis A; Nuno Cesário e Romain Santos, em Iniciados. Nos programas sociais Diogo Santos e José Carlos Rodrigues, foram distinguidos no PIEF 1, referente aos 1º e 2º ciclos escolares, e Vânia Ferreira e Marco Prates, no PIEF 2, referente ao 3º ciclo escolar.
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