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As rotundas, os floreados, e o que não se faz por isso

É já vulgar o discurso dos governantes e autarcas sobre os constrangimentos orçamentais e limites de endividamento para realizar projectos e obras no sentido de melhorar a qualidade de vida da população. No entanto, olhando à nossa volta, é fácil constatar que afinal o discurso não se ajusta à prática. Temos o caso exemplar do dinheiro, dos contribuintes, esbanjado nas rotundas, um pouco por todo país. Talvez se trate dum maçónico concurso nacional, a ver quem nelas implanta a mais cara fonte cibernética, a estátua mais original, ou qualquer outra ideia e obra digna dum livro Guinness dos Recordes.No meio desta azáfama, é óbvio que muitas vezes na lista de prioridades se esquece o essencial e o que é, realmente, importante para a nossa qualidade de vida. Quero apontar um caso concreto, mas exemplar: uma rotunda antes arrelvada, agora esventrada para atulhar de brita e mais umas obras.... Isto passa-se na cidade do Entroncamento, onde o betão é rei e senhor com muitos adoradores. O verde da relva e das árvores até parece que são encarados como sinal de falta de modernidade e nefastos para o nosso bem-estar. Talvez isto explique alguma coisa... Mas não explica tudo. Porque será que, mesmo junto à rotunda que refiro, de que junto fotografia, não se faz um passeio para a grande superfície comercial próxima? É que no Inverno, não é raro, as pessoas que aí circulam a pé terem que se desviar para a estrada, pondo em risco a sua segurança, para evitar a lama e os grandes charcos no caminho.Fernando Lourenço – Entroncamento(texto enviado por correio electrónico)

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