Nasceu na Carregueira há 58 anos e entrou para a política ao mesmo tempo que o actual presidente da Câmara da Chamusca, Sérgio Carrinho (CDU). “Tinha estado uns anos como emigrante no Luxemburgo e quando voltei fui convidado pelos amigos, entre eles o presidente da câmara. Candidatei-me e cá continuo”.Primeiro foi elemento da assembleia da freguesia do Pinheiro Grande e depois tesoureiro da junta da mesma freguesia. Quando a Carregueira foi elevada a freguesia concorreu a presidente. Ganhou as eleições de 1986 e todas as outras que se seguiram, sempre pela CDU.“Mas não estou agarrado ao poder. Se o partido entender que há alguém mais novo e mais capaz não volto a candidatar-me”, diz. E acrescenta: “Tenho orgulho em tudo o que foi feito nestes 19 anos”.A sua vida é a junta e a freguesia. Dantes tinha uma pequena serração, depois acabou com o negócio e, actualmente, continua a comercializar alguns materiais de construção, mas é no trabalho da freguesia que gasta quase todo o seu tempo. “Recebo por estar a meio tempo, mas passo aqui o tempo todo e tirando a junta e a família pouco me resta para fazer mais coisas”.Casado e pai de quatro filhos, duas delas já casadas, Francisco Costa diz que raramente sai. No seu dia a dia lê os jornais, acompanha os noticiários televisivos e conversa no café com os amigos. “Mas nem aí estou descansado porque há sempre alguém que reclama ou me informa de qualquer coisa menos boa. Entretenho-me por aqui, tive de cortar nos petiscos, por causa do peso, e pouco mais faço”.Tem orgulho nas ruas limpas, no alcatrão das estradas, nas áreas verdes, nas casas caiadas e nas diversões entretanto construídas, como o parque infantil junto à igreja de Santa Bárbara.“Já me têm dito que a Carregueira, e falo na freguesia, é a terra mais limpa que conhecem. E não se vê uma erva nas valetas”, continua Francisco Costa sente a obra como sua e apesar de afirmar que não “está agarrado” ao poder, não tenciona sair da junta a “não ser que o partido”, o autarca é militante do PCP, “encontre alguém mais capaz.