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O desenvolvimento caiu do céu

O desenvolvimento caiu do céu

Alverca é a capital da aeronáutica
A Indústria Aeronáutica de Portugal chegou a Alverca no final da I Grande Guerra Mundial, em 1918, com a instalação do Parque Material de Aeronáutica. Foi o primeiro passo de um projecto que cresceu, solidificou-se e ajudou a crescer Alverca. Hoje a Indústria Aeronáutica de Portugal-OGMA SA é o maior empregador do concelho de Vila Franca de Xira com mais de 1600 trabalhadores. A freguesia tem ainda o Depósito Geral de Material da Força Aérea Portuguesa (FAP) que emprega uma centena de civis, o Grupo de Engenharia de Aeródromo da FAP, o Aero Clube de Alverca e o Museu do Ar, que é o único na Península Ibérica.Motivos suficientes para que os eleitos reclamem os títulos de berço da aviação e capital da aeronáutica. A assembleia de freguesia aprovou por unanimidade a criação de um autocolante que será aplicado em toda a correspondência das autarquias locais e das colectividades. “O objectivo é criar uma grande corrente de divulgação de Alverca como cidade da aeronáutica e berço da aviação, porque é de toda a justiça”, disse o presidente da assembleia de freguesia. Afonso Costa (PS) recordou que a instalação do Parque de Material Aeronáutico e das restantes infra-estruturas civis e militares foram elementos fundamentais para o desenvolvimento da freguesia.Em 1918, a par da criação do parque - que servia para guardar, conservar e fornecer material aeronáutico - foi criado o Campo Internacional de Aviação de Alverca que até 1937 serviu como aeroporto provisório de Lisboa. “Era uma pista de terra batida onde os animais pastavam quando não havia aviões a aterrar ou descolar”, recordam os mais velhos. Os equipamentos foram alavancas para o desenvolvimento da freguesia e para o seu crescimento populacional. Na memória dos historiadores estão os treinos de Sacadura Cabral, Gago Coutinho, Humberto Delgado e Costa Macedo cujas referências estão bem vincadas no Museu do Ar de Alverca. O espaço, que pode ser visitado diariamente das 10h00 às 17h00, é único e tem expostas duas dezenas de aeronaves, motores, hélices, instrumentos de navegação, armamento aéreo e miniaturas que mostram a evolução da aviação civil. Vale a pena uma visita. Saiba por exemplo que foi de Alverca que partiu rumo à Índia o primeiro aviador civil brevetado. Chamava-se Carlos Bleck.Se é verdade que a aeronáutica deu um passo importante para o desenvolvimento industrial de Alverca, é certo que o crescimento foi reforçado pela abertura de novas indústrias que se instalaram na zona e atraíram mão-de-obra vinda das regiões do interior, especialmente do Alentejo que ainda mantém uma forte comunidade na freguesia.A Argibay (reparação naval), a Mague (Projectos e construção de máquinas e edifícios), a Provimi (rações) e a Tertir (terminal de logística) foram apenas algumas das empresas responsáveis por Alverca ser hoje uma das cidades de maior expressão na Grande Lisboa.
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