Depois de chumbada em assembleia municipal a proposta da Câmara de Coruche de fixar a taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 0,8 por cento para os prédios urbanos e em 0,5 por cento para os imóveis mais recentes, o executivo municipal deliberou propor taxas de 0,7 por cento (prédios urbanos) e 0,4 por cento (prédios recentes). Para o presidente da Câmara de Coruche, a diminuição das taxas relativas ao IMI traduz-se numa perda de receita vital para a autarquia, quando após a reformulação do imposto a taxa que era única (um por cento) baixou para 0,8 por cento, na taxa máxima.Dionísio Mendes esclareceu que só nesse capítulo os cofres da autarquia sofreram um decréscimo de receitas correntes de 20 por cento, com influência directa nas despesas correntes.“Trata-se de baixar as taxas com fins políticos e objectivo de agradar mas, com menos receitas, a capacidade de fazer obra diminui. E são todos os contribuintes que vão ser penalizados”, esclareceu Dionísio Mendes, acrescentando que os reformados com pensões baixas ficam isentos do pagamento daquele imposto.Segundo Dionísio Mendes só a redução de 0,1 por cento em cada taxa representa um decréscimo de receitas de cerca de 125 mil euros. A proposta da maioria foi aprovada com a abstenção dos três vereadores da CDU. Recorde-se que a Assembleia Municipal de Coruche, realizada em Setembro, chumbou a proposta da autarquia de estabelecer a taxa máxima do IMI, sugerindo a aplicação da taxa mínima.