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Rui Barreiro confirmado em Santarém

Partido Socialista aposta na recandidatura do actual presidente da câmara

O socialista Rui Barreiro vai recandidatar-se a presidente da Câmara de Santarém. A decisão da concelhia do PS está tomada e tem o aval dos orgãos distritais e nacionais do partido.

Rui Barreiro vai ser o candidato do Partido Socialista a presidente da Câmara de Santarém nas eleições autárquicas de 2005. O actual presidente do município recebeu o voto de confiança por parte da comissão política concelhia do PS no dia 29 de Outubro. Dos 44 elementos presentes, 36 votaram na recandidatura de Barreiro. O que, para a Federação Distrital de Santarém do PS, “constitui uma forte e ampla maioria”.“Está assim resolvido, com a participação do Secretariado Nacional e Distrital, um dos mais aguardados desfechos para as Autárquicas de 2005, não só pelo facto de Santarém ser a capital do nosso distrito, mas também porque Santarém é o mais populoso concelho do Ribatejo”, lê-se na página da Distrital do PS na Internet.A concelhia de Santarém do PS também tornou pública a escolha, esta terça-feira, anunciando em comunicado a realização de um jantar/festa para apresentação do candidato, no dia 13 de Novembro. Presentes deverão estar o secretário-geral do PS, José Sócrates, o coordenador autárquico, Jorge Coelho, e o presidente da distrital, Paulo Fonseca, que deram o seu aval à nomeação.Rui Barreiro parte para um possível segundo mandato sem os problemas internos do PS totalmente sanados e com a hipótese de ter de defrontar nas urnas uma figura do PSD com peso nacional.A nível interno, as divergências com o seu antecessor na câmara e actual presidente da assembleia municipal, José Miguel Noras, não estão enterradas. Por muito que o PS tente transparecer uma imagem de consenso e de serenidade em torno da escolha de Barreiro.A oposição também vê na escolha de Barreiro e nas fracturas no PS uma oportunidade para chegar ao poder, nas mãos dos socialistas desde 1976. Sobretudo o PSD, que em 2001 acabou por apadrinhar uma candidatura independente protagonizada por José Andrade e que em 2005 não deve cair no mesmo erro. Até porque o secretário-geral do partido, Miguel Relvas, conhece bem a realidade escalabitana e não deve abdicar de liderar o processo ou, pelo menos, de dar a última palavra.Rui Barreiro vai ter ainda provavelmente que se confrontar na campanha eleitoral com os ataques da oposição sobre a péssima situação financeira em que se encontram os cofres municipais. Uma situação herdada – e agravada neste mandato - que os detractores da gestão socialista dizem não ter a ver apenas com o investimento.Aliás, a falta de obras é uma crítica recorrente ao actual executivo. Embora seja de elementar justiça creditar-lhe algumas intervenções ao nível do saneamento básico e na requalificação urbana, de que são exemplos as obras na zona ribeirinha da Ribeira de Santarém ou no Largo do Seminário. Ou na dinamização de algumas actividades culturais como as feiras do livro e do disco ou a semana taurina.O orçamento participativo foi uma das bandeiras que o presidente da Câmara de Santarém escolheu para se distinguir, mas os resultados práticos de tal medida são discutíveis. Investir no colmatar de carências que estão à vista de todos é uma obrigação de quem gere dinheiros públicos, dizem os críticos.Rui Barreiro ficou ainda conhecido pela sua atracção pelo mediatismo. Reactivou o boletim municipal, contratou uma empresa para projectar a imagem do município além-fronteiras e rodeou-se de algumas pessoas com experiência no ramo. Apesar disso, a imagem que perdura ao fim de quase três anos de mandato não é propriamente brilhante. Mas ainda falta um ano para a ida às urnas e até lá muita coisa pode mudar.João Calhaz

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