António Travassos e Mónica Rosa foram mais fortes em Azambuja
XII Grande Prémio de Azambuja em atletismo teve vencedores esperados
António Travassos (Sporting), em masculinos, e Mónica Rosa (Maratona), em femininos, venceram o XII Grande Prémio de Atletismo de Azambuja, prova que se disputou na manhã de domingo num circuito de quatro voltas a um trajecto de 2,5 quilómetros nas ruas da vila. Um triunfo natural para os atletas apontados como favoritos.
Não houve surpresas e os atletas mais cotados cruzaram a meta em primeiro lugar. O XII Grande Prémio de Azambuja juntou cerca de 500 atletas de federados e não federados dos mais diversos escalões.No que respeita às corridas mais aguardadas, Mónica Rosa impôs a lei da mais forte no sector feminino, que teve o tiro de partida marcado para as dez horas, junto ao Páteo Valverde, em simultâneo com a prova de veteranos. A atleta do Maratona não esteve com meias medidas e destacou-se nos metros iniciais num percurso que levava as atletas pelas ruas Moniz da Maia, Victor Cordon e a viragem para a difícil subida da rua dos Campinos. Depois a descida pelas ruas Vítor Coutinho da Costa, Alexandre Vieira, José Ramos Vides em frente ao quartel dos bombeiros e, novamente, a entrada na Moniz da Maia para nova volta.A caminhada de Mónica Rosa foi sempre calma e apenas seguida à distância por Rita Simões, do Sporting, e Sandra Pinto, do JOMA. A vitória da atleta do Maratona nunca esteve em causa e acabaria por cruzar a meta, instalada no Largo do Município, 34:30 minutos depois do tiro de partida.Apenas faltava saber como iria ficar composto o resto do pódio e Sandra Pinto acabou por ultrapassar Rita Simões na última volta e assegurou o segundo lugar, a mais de dois minutos da vencedora.No sector masculino, a corrida foi bem mais interessante. Após a partida, às 11 horas, os atletas imprimiram um andamento vivo e, ao fim dos primeiros 2,5 quilómetros do circuito já se destacava um grupo com cerca de 20 elementos.Mas tanto equilíbrio pouco durou porque, na segunda volta, a íngreme subida da rua dos Campinos fez mossa na dianteira e, com passagem junto à zona da partida, já apenas seguiam nove atletas, ligeiramente espaçados entre si.Entre eles figuravam alguns dos favoritos à vitória final, casos dos sportinguistas António Travassos e Carlos Silva, José Santos, da Constrolândia, Luís Pinto, do Marítimo, e os atletas do Dafundo, Ramon Prodios e Alex Scuturu.O ritmo era vivo e nem todos tiveram a mesma “pedalada”, ficando apenas quatro corredores à entrada para a última volta. Aí, foi a maior velocidade de António Travassos que ditou leis, superiorizando-se ao colega de equipa Carlos Silva, e a José Santos. O atleta do Sporting completou os dez quilómetros em 30:45 minutos, seguido de Carlos Silva a oito segundos e, José Santos, a 18 segundos do vencedor. Estreantes a ganharPara Mónica Rosa a presença na corrida azambujense significou também a primeira vitória naquele grande prémio. Em declarações a O MIRANTE, a atleta do Maratona manifestou-se feliz com o triunfo que serviu para testar o corpo.“Foi um bom teste tendo em vista o objectivo que é o Cross de Oeiras, que vai apurar as atletas para o campeonato da Europa de Corta-Mato, a disputar em Dezembro, na Alemanha”, afirmou.Quanto à corrida, teve a novidade de ser a primeira vitória para Mónica Rosa em Azambuja. “Já tinha sido segunda e terceira em várias ocasiões e agora venci. Mas a corrida também está diferente da época em que cá vinham os melhores atletas nacionais”, explicou.Apesar disso, da corrida nem tudo foram facilidades e a atleta do Maratona considerou que a subida foi sempre difícil de transpor, ainda que se tenha afastado das concorrentes logo a partir dos metros iniciais. Para já fica a promessa de tentar regressar na próxima edição da corrida para defender o título.No que respeita à corrida masculina, António Travassos foi o mais rápido nos metros finais e levou a vitória para casa. O que para o atleta do Sporting significou um pulo nas classificações que já tinha obtida na corrida azambujense.“O melhor que tinha feito cá foi o décimo segundo lugar e agora consegui a vitória e estou satisfeito mas também reconheço que o nível na corrida não é o de há anos”, referiu no final.Quem tinha os olhos do público em cima era o cotado José Santos, da Constrolância, mas o atleta acabou por ficar no terceiro lugar. Um resultado que considerou muito bom, tendo em conta que vem de 50 dias de paragem e só agora começou a trabalhar a sério.
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