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A saga kafkiana de Ricardo Vaz

Conheço, desde há muito, o funcionário da Câmara de Alpiarça, Ricardo Vaz, que denunciou o acesso a sites pornográficos feito a partir dos computadores do município e que por causa disso está a ser perseguido. Participamos ambos num fórum de discussão onde ganhou o respeito e a admiração de todos pelas suas participações pautadas pelos valores éticos e morais em que acredita. Foi essa postura de grande coragem e integridade que o levou a denunciar situações de podridão com que se deparou no seu trabalho. Essa intervenção cívica consciente e activa como é seu timbre colocou-o na actual situação de confronto com os poderes instituídos e, ao invés de ver a justiça em acção para apurar responsabilidades e punir os infractores, está a ser arrastado para uma saga kafkiana em que está ser posta em causa a sua honra, o seu bom nome e o seu posto de trabalho. A situação que criaram ao Ricardo por ser uma pessoa de bem e cumprir o seu dever de cidadão é bem retratada no poema If (Se), de Rudyard Kipling, de que aqui deixo uma parte para, todos meditarmos e darmos a um homem bom o lugar que ele merece nos nossos corações, mau grado todos os dissabores e sofrimentos causados por esta situação de que é uma vítima inocente. “Se podes conservar o teu bom senso e a calma /Num mundo a delirar, p’ra quem o louco és tu (...)/ Se podes resistir à raiva ou à vergonha /De ver envenenar as frases que disseste (...)/ Se és homem p’ra arriscar todos os teus haveres/Num lance corajoso, alheio ao resultado/E, calando em ti a mágoa de perderes /Voltas a palmilhar todo o caminho andado/(...) Então, Ó Ser Sublime, o mundo inteiro é teu!”José Magalhães(Texto enviado através de correio electrónico)

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