Deixar os visitantes descobrir a saída das obras é o objectivo do “Labirinto”, exposição de 41 pinturas e desenhos que Mário Tropa inaugurou sexta-feira, na galeria da Casa do Brasil, em Santarém, perante algumas dezenas de amigos e convidados. A mostra decorre até 2 de Janeiro de 2005.De acordo com o autor, não se trata de uma exposição convencional mas um labirinto incompreensível que deixa a todos, ocultando o significado das coisas e deixando apenas antever pequenos elementos, como braços, pernas e outros objectos.“É como a arqueologia em que aparecem pequenos fragmentos que se vão juntando até haver alguma compreensão. É uma exposição de obras não ditas, não desenhadas, de fazer e tapar”, referiu o pintor a O MIRANTE.Os trabalhos de pintura são realizados em acrílico sobre tela e papel. Os desenhos têm um toque em tinta-da-china sobre papel e também em folha de ouro.Mário Tropa tem 53 anos e é licenciado em pintura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, cidade onde nasceu. O artista foi professor em Santarém de 1967 a 1990, cidade onde expõe pela segunda vez. Desde então lec-ciona no curso de Artes Plásticas da Escola Superior de Tecnologia, Gestão, Arte e Design das Caldas da Rainha.