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Pontapé para o ar e fé em Deus

Pontapé para o ar e fé em Deus

Monsanto e Torres Novas empataram 0-0 num jogo sem emoção

Monsanto e Torres Novas empataram 0-0 num jogo sem emoção, em que o resultado mais certo seria uma derrota para cada uma das equipas, como isso não é possível, o empate a zero foi a penalização correcta para os dois conjuntos.

Foi um mau jogo de futebol aquele a que os muitos espectadores que se deslocaram ao Campo do Pião tiveram oportunidade de assistir. Muito pontapé para o ar, muita confusão a meio-campo e muito pouca inspiração dos jogadores, aliado ao vento frio que se fez sentir, tornaram o jogo num longo bocejo que não entusiasmou ninguém. O Torres Novas cedo mostrou que ia a Monsanto com o firme propósito de não sofrer golos, apostando tudo na defesa da sua baliza e povoando muito o seu meio-campo na tentativa de bloquear todo o ataque da equipa da casa, acabou por ser a equipa menos má durante a maior parte dos noventa minutos, conseguiu levar a água ao seu moinho, e levou um ponto importante para o futuro.Ao mesmo tempo, os comandados de Arsénio Fazenda tinham de fazer pela vida, porque vinham de uma derrota com o lanterna vermelha da prova. Contudo a desinspiração foi bem evidente desde os primeiros minutos de jogo, sem conseguirem ligar uma única jogada e sem soluções para se imporem aos torrejanos. Pode parecer paradoxal, mas durante os noventa minutos de jogo, os dois guarda-redes apenas foram chamados a intervir uma vez cada um em jogadas com relativo perigo. Não houve remates à baliza, e os lances de aperto para qualquer das defesas foi quase nulo.O Torres Novas esteve sempre muito retraído e a espreguiçar-se numa inoperante muralha de jogadores a meio-campo, e em que apenas dois remates, de longe, deram alguma nota de inconformismo do seu ataque, com um pouco mais de profundidade atacante, talvez tivessem conseguido a vitória. Mesmo assim, a primeira parte ainda valeu pelo espírito de luta evidenciado pelos jogadores das duas equipas. Os comandados de Francisco Bragança tentaram colocar a bola no chão, e conseguiram-no algumas vezes, mas sem conseguirem desenvolver um futebol com qualidade, porque a aglomeração de jogadores a meio-campo deixava muito pouco espaço para jogar. Ao intervalo, os espectadores interrogavam-se e perguntavam uns aos outros “como é possível jogar-se tão mal. Mas a segunda parte foi muito pior. Durante 45 longos minutos assistiu-se a um chorrilho de asneiras, de que ninguém se salvou, a bola andou quase sempre pelo ar. Nenhum dos onzes conseguiu ligar uma jogada com princípio meio e fim. Oportunidades de golo nem vê-las. Nem as alterações feitas pelos dois treinadores trouxeram qualquer benefício de ordem táctica ou espevitaram os jogadores.Assim, na impossibilidade de se atribuir uma derrota a cada equipa, o empate acaba por ser justo. Mas os espectadores presentes mereciam uma maior e melhor prestação das duas equipas.A equipa de arbitragem chefiada por Rui Dias, que veio de Portalegre, também não contribuiu para a melhoria do espectáculo. Apitando por tudo e por nada o árbitro deixou-se enredar também na teia do mau jogo a que se assistiu.
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