O défice comercial português agravou- se 20,3 por cento nos oito primeiros meses de 2004, para 9,559 mil milhões de euros, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE).O crescimento do défice foi impulsionado por um aumento de 9,1 por cento nas importações de mercadorias, que atingiram os 28,435 mil milhões de euros, segundo os mesmos dados.As exportações também cresceram, mas a um ritmo inferior, de 4,2 por cento, para um total de 18,876 mil milhões de euros.Assim, a taxa de cobertura das importações pelas exportações deteriorou-se três pontos percentuais face a igual período do ano anterior, ficando nos 66,4 por cento.No comércio com os restantes países da União Europeia, que continuou a representar cerca de quatro quintos do comércio internacional português, verificou-se também um agravamento do défice, de 19,7 por cento.Portugal comprou mais 8 por cento de mercadorias aos parceiros comunitários, entre Janeiro e Agosto de 2004, e vendeu mais 3,4 por cento.Espanha, Alemanha e França mantêm-se como os principais parceiros comerciais, tanto nas expedições como nas chegadas de mercadorias, representando mais de dois terços do valor total transaccionado com a União Europeia.Entre Janeiro e Agosto, Portugal importou da União Europeia essencialmente máquinas e aparelhos, veículos e químicos, produtos correspondentes a quase metade do valor total.No que diz respeito às saídas de mercadorias, são também as máquinas e aparelhos e os veículos que assumem maior valor, acompanhados pelo vestuário, conjunto que assegurou 45,1 por cento.No comércio com países fora da União Europeia, as importações cresceram 13,0 por cento e as exportações 7,5 por cento, o que agravou o défice em 21,7 por cento, face a período homólogo do ano anterior.Lusa