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Oposição não quer ser bode expiatório

Oposição não quer ser bode expiatório

Presidente da Câmara de Santarém acusado de arranjar falsas desculpas

O presidente da câmara disse na apresentação da sua recandidatura que não fez mais obras porque a oposição não deixou. CDU e PSD não gostaram das desculpas e acusaram o socialista Rui Barreiro de faltar à verdade.

Os dois vereadores da CDU na Câmara de Santarém acusaram segunda-feira o presidente da autarquia, e recandidato pelo PS à liderança do município, de ter faltado à verdade ao afirmar que só não fez mais obra neste mandato porque a oposição não deixou.Na reunião do executivo de segunda-feira, Luísa Mesquita e José Marcelino desafiaram o socialista Rui Barreiro a dizer que obras tinham ficado por fazer devido à acção da oposição, mas o presidente da câmara preferiu guardar os supostos trunfos para altura mais oportuna.Recorde-se que Rui Barreiro afirmou, no jantar de apresentação da sua candidatura, realizado dia 13 no CNEMA, que a oposição tem realizado uma política de “terra queimada” e que se não tivessem existido essas barreiras teria feito “mais e melhor”. José Marcelino ainda reconheu que a época de pré-campanha eleitoral que se adivinha pode levar a determinados exageros verbais, mas deixou a ressalva: “Pelo menos que se digam coisas mais próximas da verdade”.O vereador da CDU observou que o único projecto chumbado pelos vereadores da CDU e do PSD – que no total têm mais elementos (5) no executivo que o PS (4) que gere o município – foi o de adesão à empresa intermunicipal Águas do Ribatejo. Mas, socorrendo-se de documentos ligados à empresa, Marcelino lembrou que os primeiros investimentos no concelho, caso Santarém tivesse aderido, só estavam previstos para 2006. Ou seja, já para lá deste mandato.A vereadora do PSD, Hélia Félix, aproveitou esse exemplo para revelar que desde Junho que existe um acordo para os social-democratas viabilizarem a adesão da Câmara de Santarém à Águas do Ribatejo. Só que depois disso não houve qualquer evolução e o assunto não foi reagendado. “Se o assunto era assim tão importante, e se há tanto atraso nas obras, esse atraso é da responsabilidade do PS”.Luisa Mesquita ainda desafiou Rui Barreiro a dar mais exemplos de barreiras impostas pela oposição – “só gostava que acrescentasse mais um” - mas sem sucesso. O presidente da câmara esclareceu que quando falou em oposição foi com a consciência de que a mesma “tem várias componentes” e que, em relação à Águas do Ribatejo, a adesão da câmara teria permitido avançar com os concursos para projectos de saneamento.
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