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“Deixaram o distrito pior do que o encontraram”

PS apresenta candidatos por Santarém com as baterias apontadas ao PSD

Os candidatos socialistas por Santarém não pouparam munições para alvejar o PSD e os governos por ele liderados. Na apresentação da lista foi mencionado o desinvestimento na região e uma série de projectos que ficaram na gaveta.

Os candidatos do PS às legislativas de 20 de Fevereiro dizem que o nível de desenvolvimento do distrito de Santarém está pior agora do que há três anos, quando os socialistas deixaram o Governo. Na altura, recordam, a Lezíria era a primeira sub-região do país em termos de taxa de crescimento económico e o Médio Tejo era a terceira.“Hoje, a taxa de investimento global na actividade privada é a mais baixa dos últimos 12 anos”, declarou o cabeça de lista do PS Por Santarém, Jorge Lacão, durante a cerimónia de apresentação dos candidatos, que decorreu ao fim da tarde de segunda-feira num hotel de Santarém.Nos trunfos a lançar na caça ao voto, os socialistas vão rebater a “obra” que o PSD diz ter feito na região com uma mensagem de sinal completamente oposto. Exemplos? O rio Alviela, que depois de vencida a poluição voltou a ter vida, está novamente transformado em esgoto poluído. O fim dos programas de incentivos às empresas. O aeroporto da Ota, que não chegou a descolar. O plano de consolidação das barreiras de Santarém que continua por implementar. A escola de Alcobertas que saiu dos planos de investimento da administração central.Na cerimónia, perante uma sala cheia, o presidente da Federação Distrital de Santarém do PS, Paulo Fonseca, abriu as hostilidades com esses e outros casos concretos. E não foi meigo no discurso. Tal como os candidatos Vitalino Canas, Idália Moniz e Jorge Lacão ou o mandatário da lista, a Rui Barreiro. Jorge Lacão acusou mesmo o PSD de esquecer os compromissos assumidos pelo PS enquanto Governo para compensar a diminuição do fluxo de apoios comunitários à região. O esforço em investimento público não aumentou e as soluções compensatórias no Orçamento de Estado para apoiar o tecido económico acabaram, sublinhou.Na hora de realçar as virtudes da lista – composta por quatro mulheres nos 10 lugares efectivos -, Paulo Fonseca voltou à carga sobre o PSD, ironizando sobre a escolha “à pressa” de uma mulher (Natália Carrascalão) para o quarto lugar da lista, como contraponto ao peso feminino na lista do PS e “para mostrar que no PSD também havia mulheres”.Dos discursos ressaltou mais uma nota. Santarém é um dos “quatro ou cinco” círculos que podem ser decisivos na conquista de uma possível maioria absoluta pelo PS e a direcção nacional do partido sabe disso. “A maioria absoluta também pode passar por Santarém”, realçou Vitalino Canas. Daí a aposta numa campanha centrada nos ataques ao PSD, na tentativa de lhe disputar eleitorado ao centro.E às críticas nem o mandatário da lista do PSD escapou. Jorge Lacão considerou “uma das ironias da vida” que o presidente da Nersant, José Eduardo Carvalho, seja mandatário da lista do partido cujos governos mais “maltrataram” a associação empresarial que lidera.Lacão lamentou ainda que Nuno Morais Sarmento, cabeça de lista do PSD por Santarém nas últimas legislativas, não esteja novamente em campanha na região para poder prestar contas dos “mais inenarráveis compromissos e promessas” então feitos. Recorde-se que o conhecido ministro vai concorrer por Castelo Branco.O programa do PS para a região, explicou Jorge Lacão, será anunciado em breve.

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