Os espantalhos políticos
A Fundação Passos Canavarro promoveu no passado fim de semana um congresso internacional denominado Passos Manuel- Cidadania, Iberismo e Europeismo. Nada mais a propósito tendo em conta o período de pré-campanha eleitoral em que já entramos. Curiosamente a classe política da região não compareceu a este congresso nem sequer se viu por perto.António Pedro Manique, um dos oradores, ao recordar a figura de Passos Manuel, fez questão de lembrar, para além do brilhantismo político e cívico de Passos Manuel, as vozes criíticas dos seus opositores. Repara-se como Joaquim Filipe de Sousa, seu opositor político, fala de Passos Manuel:“Foi um grande vulto deste país. Eu combati muitas vezes a sua política mas não deixo de reconhecer que ele fez eminentes serviços à sua terra. Aquele cavalheiro era dotado de um coração altamente generoso, um coração como eu desejo que tenham todos os homens que tratam de política no nosso país. Podia errar na sua marcha política mas nunca se lembrou de empregar meios que não fosse com o sentido na felicidade pública do país. Ele nunca se lembrou de fins partidários enquanto foi homem público e de acção nesta terra”.Oram digam lá comigo, alto e bom som, cada um com o seu coro, quem são os espantalhos políticos cá do burgo que mereciam ouvir todos os dias esta lição!
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