Na juventude foi escuteiro. Chegou a ser um católico praticante, participando em muitas actividades da igreja, mas hoje considera-se uma pessoa sem fé. Jorge Lacão, advogado de profissão, 50 anos, é uma pessoa reservada no que toca à sua vida pessoal. Adoptado aos dez anos por Abrantes, Jorge Lacão, que nasceu no concelho de Portalegre, tem tendência para as insónias. Um problema que resolve com a leitura. Define-se como um leitor compulsivo. Gosta de ficção, de livros técnicos, sobretudo da área do direito, e também lê obras de ensaio. Na música as preferências vão para as canções em português, sobretudo as de intervenção. Ouve muitas vezes Zeca Afonso ou Pedro Barroso. Mas também é amante daquilo a que chama boa música brasileira. As suas preferências vão para Maria Bethânia. Quando trabalha gosta de ouvir música clássica, que o ajuda a relaxar. Já se adaptou aos computadores e à Internet. O envio de e-mails já entrou no seu quotidiano, mas reconhece que há uns tempos ainda escrevia com a caneta.Confia nos hospitais públicos, por onde já passou em algumas ocasiões para tratar de problemas de saúde. E considera que o nível de resposta técnica é bom. Geralmente, no entanto, recorre ao médico da Assembleia da República, a que tem direito por ser deputado. É uma pessoa moderada na alimentação, tal como na vida. As férias são um exemplo. Passa-as em Abrantes, no Alentejo e, normalmente, faz praia em Sesimbra. No Algarve há confusão a mais para o seu “estado de espírito a precisar de repouso”, depois de uma actividade intensa durante o ano. Numa coisa Jorge Lacão, casado com uma alentejana, da qual tem dois filhos, é intransigente. Onde estiver, nas reuniões por exemplo, não pode haver tabaco. Tem bronquite asmática que não se dá nada bem com o fumo.