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Um autarca que cumpre o prometido

Um autarca que cumpre o prometido

Jaime Lopes (PSD), presidente da Junta de Freguesia de Casais
Nasceu no concelho da Sertã há 52 anos. Aos 11 anos mudou-se para Casais e, com a antiga quarta classe feita, começou a trabalhar numa serração. Mais tarde aprendeu o ofício de pintor de automóveis e montou a sua própria oficina.Casado e pai de dois filhos, Jaime Lopes foi o fundador e sócio n.º 1 da Associação Cultural e Recreativa de Casais, responsável por muitas das melhorias realizadas na freguesia. “A primeira obra que fizemos” – recorda – “foi um parque infantil, ainda não se ouvia falar disso por estes lados”.Como o dinheiro não cai do céu, havia que arranjar financiamentos e Jaime Lopes nunca se fez rogado a ir falar com quem quer que fosse para bem da sua terra. A primeira coisa que fazia era comprar um jornal da cor política do governante ou responsável com que ia falar. “Comprava o jornal e punha-o debaixo do braço para ele ver bem. Cheguei a comprar um de manhã e outro à tarde se tinha de ir falar com outro”.Apesar de ter sido filiado no PS e mais tarde ter-se desvinculado desse partido para se inscrever no PSD - actualmente é vice-presidente da concelhia “laranja” de Tomar - Jaime Lopes diz que na gestão de uma freguesia não tem que entrar a política.“Os políticos são aqueles que recebem para isso, a mim ninguém me paga para ser político”, afirma sem dúvidas.E de autarca tem grande experiência. Esteve 14 anos na assembleia de freguesia, depois retirou-se: “Achei que já era tempo e queria dedicar-me à minha vida profissional”. Foi sol de pouca dura, passado pouco tempo concorreu à presidência da junta, cargo que exerce há três mandatos. E está disponível para se recandidatar.“Não estou agarrado ao poder, no dia em que sentir que não sou útil, ou não for capaz de cumprir o que prometi, vou-me embora. Até agora tenho conseguido fazer tudo e estou pronto a continuar”, diz.No dia a dia, Jaime Lopes gasta o seu tempo entre a freguesia e sua oficina de pintura de automóveis. Não “perde tempo” a discutir futebol, nem se preocupa com o assunto. No fundo é um bocadinho do Sporting, mais nada.O convívio com os amigos e umas boas caçadas são bem mais divertidos do que ficar a olhar para o ecrã de televisão ou assistir a um jogo ao vivo. “Mesmo que não cace nada gosto de ir, nem é tanto pela caça mas para estar com os amigos”. Ao longo da vida têm-lhe acontecido algumas peripécias e Jaime Lopes não resiste a contar que quando cumpriu o serviço militar mudou do Exército para a Força Aérea porque tinha “bons padrinhos”. “Estava em Castelo Branco e vivia o terror de ser mobilizado. Então Ricardo Espírito Santo conseguiu que eu fosse transferido para Tancos”, conta como se fosse ontem. “Ainda me convidaram para ficar, mas eu não quis. Gostava de andar da avião, mas mais nada”, conclui.
Um autarca que cumpre o prometido

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