CDU quer esclarecimentos sobre obras no Rossio
Coligação admite providência cautelar para suspender os trabalhos na zona nobre de Coruche
A concelhia de Coruche da CDU ameaça interpor uma providência cautelar para suspender as obras de requalificação do Rossio, naquela vila, caso se confirmem alterações ao projecto inicial. Em causa está o facto de apenas terem sido realizadas até à data duas das demolições previstas na zona (abrigo de táxis, ringue polivalente, pavilhão exposições, sanitários e instalações municipais).Situação que, no entender daquela força política, pode configurar uma alteração ao projecto inicial, com implicações na construção da futura rotunda e viaduto junto à ponte velha, à saída da vila.“Caso se mantenha o edifício de dois pisos onde funcionam os serviços de água e outros, pode ter implicação na passagem do viaduto no Rossio. Queremos saber o que se passa”, explicou o coordenador da CDU de Coruche, Armando Rodrigues, acrescentando, no entanto, que aplaude um eventual recuo da câmara nas demolições, como sempre defendeu. Mas o presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), esclarece que não há qualquer alteração prevista, referindo que se trata de um projecto faseado e há que minimizar impactos das obras naquela zona.Em conferência de imprensa, realizada sexta-feira, os comunistas acusaram ainda o líder da autarquia “de mentir para enganar e manipular a população” quando defende que o empréstimo de mais de um milhão de euros chumbado pela assembleia municipal se destinava à realização de três obras concretas: espaço de mercados e feiras, ruas nos Foros do Paúl e aquisição do terreno para o parque de negócios.Segundo explicou Armando Rodrigues, a requalificação de ruas dos Foros do Paul (635 mil euros) e o espaço de mercados e feiras (415 mil euros) já foram adjudicados em sessão camarária. E, em relação ao terreno para o parque de negócios, a CDU exige saber mais pormenores. “Diga-se qual é o terreno, local, custo e como decorrem as negociações, que estamos disponíveis para viabilizar o negócio”, assegurou.A CDU denuncia ainda a utilização do boletim municipal para propaganda de obras “impossíveis”. Como a construção de três relvados sintéticos no Couço, Branca e Santana do Mato até ao início da próxima época desportiva. “Se em dois anos não se fez o do estádio municipal, como é que em dez meses se vão construir três?”, questionou-se.Dionísio Mendes refuta as acusações da CDU e remete-as para questões de “bota abaixo político”. Quanto ao empréstimo de mais de um milhão de euros, o autarca acusa a CDU de arranjar desculpas e mostrar arrependimento após o chumbo pela assembleia municipal.Dionísio Mendes não vê ainda onde está o problema do arrelvamento com pisos sintéticos de três campos do concelho. “Temos feito melhorias em vários desses recintos em pisos, vedações, balneários e outras obras e nunca se colocou o problema da propriedade”, recordou.
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