uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Central do Pego quer reduzir emissões gasosas

Central do Pego quer reduzir emissões gasosas

Unidade vai investir cerca de 140 milhões de euros até 2008

A Central Termoeléctrica do Pego tenciona investir, a curto prazo, cerca de 140 milhões de euros para reduzir a 25 por cento as emissões gasosas resultantes da combustão do carvão, o principal combustível desta unidade que na sua capacidade máxima produz 628 megawatts por hora.

Uma fábrica fantasma é a primeira impressão para quem entra na unidade de produção da Central Termoeléctrica do Pego. Junto às enormes máquinas - queimadores, turbinas, alternadores ou condensadores - não há ninguém, apenas os visitantes e as guias que detalhadamente explicam como tudo aquilo funciona. O controle de todo o processo é feito informaticamente nas salas de comando revestidas de écrans e quadros electrónicos que detectam a mínima avaria através de sinais sonoros e luminosos.Apesar de não se ver ninguém por perto, à excepção das salas de comando onde um grupo de funcionários garante a funcionalidade da central, nesta unidade de produção contínua trabalham 116 pessoas do quadro, mais um conjunto de empregados das empresas contratadas pela central para outras tarefas que não se relacionam directamente com a produção de energia.As largas “chaminés” – torres de refrigeração - libertando uma nuvem branca são a imagem de marca desta central, situado no Pego, concelho de Abrantes. Pelas enormes bocas só se liberta vapor de água proveniente da refrigeração dos tubos que revestem as torres. As emissões gasosas saem pela chaminé vermelha e branca com um diâmetro bastante inferior.São estas emissões resultantes da combustão de 110 toneladas de carvão por hora que a administração da central quer reduzir a 25 por cento, apesar de os índices de dióxido de carbono libertados, bem como todos os outros gases, serem inferiores ao permitido pelas normas comunitárias - a Central do Pego foi a última a ser construída e a primeira a obter o certificação de qualidade pela norma ISO: 14001.A qualidade do carvão, o principal combustível da central, é o ponto de partida para a redução de gases poluentes e na central o enxofre do carvão utilizado é inferior a um por cento, segundo afirmou segunda-feira José Vieira, um dos directores da empresa, durante a visita à unidade promovida pela Nersant. No entanto, tende-se para uma maior melhoria e daí o investimento que deverá estar concluído em 2008 e atingirá cerca de 140 milhões de euros. A filtragem será feita através de calcário, que após utilização terá como sub-produto o gesso.“Vamos produzir 130 mil toneladas de gesso ano e não há mercado para este produto a não ser as cimenteiras, que não o rentabilizam”, adiantou o mesmo responsável. Se assim for, este material inerte será armazenado nos parques da central, tal como acontece com as escórias – restos do carvão utilizado – a que o mercado nacional não dá resposta. As cinzas volantes, outro sub-produto da combustão, são consumidas pelas cimenteiras. Toda a energia produzida pela central é comprada para a EDP e introduzida na Rede Eléctrica Nacional em Rio Maior. É a empresa de electricidade que determina a quantidade de energia que a central deve produzir. Este ano, com a seca, as centrais hidráulicas estão a produzir energia muito abaixo do habitual, pelo que a Central do Pego está na sua capacidade máxima: 628 megawatts por hora.A visita à Central do Pego foi organizada pela Nersant – Associação Empresarial da Região de Santarém, prosseguindo um projecto que tem por objectivo levar os empresários associados a conhecerem as principais empresas da região. Margarida Trincão
Central do Pego quer reduzir emissões gasosas

Mais Notícias

    A carregar...